domingo, 30 de maio de 2010

Conversa franca sobre solidão

Outro dia ganhei de minha amiga Renata Passos, essa coach maravilhosa de tudo, uma mulher realmente linda, o livro da Joyce Meyer. Aviso: não gosta de ler coisas sobre Deus, não leia esse livreto. Eu gosto de ler tudo o que cai na minha mão, até folheto de mercadinho – que por sinal, tem um monte todo dia no abrigo da minha casa. Cansei de limpar, fui vencida pela moçadinha que precisa colocá-los no vão do meu portão, entre um ferro e outro, cuidadosamente e de um jeito que inventaram que me deixa intrigada pela criatividade e rapidez com que instalam ali a folhinha, que é um show. Ficam lá, os folhetinhos... vão se acumulando em ofertas com validade limitada ao estoque.
Mas a Joyce. Emoções e sentimentos necessitam de cura e restauração. A chave da vitória, ela diz, está em compreender a diferença entre o processo de dor equilibrado e normal e o espírito de sofrimento. Temos que aprender a receber o que Deus já nos tornou disponível (mas é linda essa palavra disponível, hein), para nos libertarmos da escravidão do sofrimento e da solidão. A Joyce não mora sozinha, certamente.
Mas a proposta não é que ela seja analisada, mas que suas ideias sejam compreendidas. O processo de solidão, por si só e bem como todas as outras coisas e sentimentos, têm relação com a ordem que se dá à mente e a forma como permitimos que isso reverbere, faça eco.
“Daaaaniiii.... O controle é seuuuu....” É o que estou gritando atualmente na caverna. Ouço exatamente a mesma coisa voltando pra mim, reverberando (outra palavra legal essa... sou uma fã incondicional da beleza das palavras).
A Renata colocou o controle – que na ocasião era do ar condicionado chiquérrimo de sua sala de receber – sobre a mesa, bem na minha frente. Assertiva, até meio agressiva, colocou com tudo e disse: "É seu, Dani!" (não o aparelho em si, mas o poder que ele representa sendo um controle e estando em minhas mãos).
Eu estava sensível àquele momento, foi forte, pegou mesmo nos meus ganchinhos aqui entre o peito e o estômago, que ficam no lugar das borboletas, ficam ali, os dois, ganchinhos dourados e borboletas coloridinhas. São petit papillon (e meu francês vai que vai.. rsrs)... fofinhas, minhas borboletinhas do peito.
Aquilo foi forte mesmo. A Renata foi longe demais, pensa que é o quê? Ta me desafiando? Ninguém me desafia sem resposta. Adoro desafios, mas adoro dar respostas pra tudo, como adoro perguntar sobre tudo. Sei que alucino às vezes até, ou sempre, sei lá. Mas se gosta de mim, gosta. Curiosidade também é sinal de inteligência.
Pois voltei lá, na Renata, fui lá e disse pra ela, na cara: “O controle é meu, eu dou o comando, eu é quem mando aqui nessa vida”. Pronto, falei. Fui agressiva como ela, docemente, ta pensando o quê?
E ela, doce doce mil vezes amável, uma “diabetes”, um pudinzão de padaria, me quebrou de novo.. ehhh, essa Renata: “Você é suave demais, Dani; é amorosa demais, Dani; é poderosa demais, mas é suave e amorosa. E sabe fantasiar de maneira inteligente, tem que usar isso pra transformar seu trabalho no melhor. Este é o seu poder.” POis é, são meus poderes... Eu gostei... hihi.

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