quinta-feira, 10 de junho de 2010

Número pequeno

Nem tudo o que a gente quer faz bem pra gente.
E às vezes, esse processo de compreender que não se pode ter tudo o que se quer, é bastante demorado.
O pior é a sensação de vazio que sobra. E o que sobra é resto. Ninguém quer ser ou ter resto.
Por muito tempo - e dois dias podem ser muito tempo pra quem tem urgência em ser feliz – convivi com essa sensação de vazio típica do doar-se ao que não convém, embora se deseje.
Mas o desejo também pode ser limitador, pois em geral é subordinado à ansiedade.
Eu queria, mas não servia pra mim, como uma roupa pequena, um sapato pequeno, coisas que nos apertam e doem.
É como a água tomada num copo de pinga para uma sede gigante.
Não mata a sede, mas ela, sim, pode nos matar.
É por isso que as coisas têm que ser proporcionais.
A cada coisa, seu real valor de acordo com o tamanho e a importância.
O desejo precisa ser conveniente e caminhar por uma via de mão dupla. E pela aceitação.
Essa é uma lição que o processo de amadurecimento - não da idade, mas da vida - é que vai nos ensinando.
E aprender é uma arte, compositora de uma obra que não pode acabar para que não haja retrocesso. 

2 comentários:

Flávia Romanelli disse...

Oi Dani, adorei seu blog, muito bacana! Vou virar frequentadora.

Bjão

Maria Fernanda Ribeiro disse...

Oi, Dani! Descobri o seu blog lá no blog da Flavia e vim aqui fuçar. Adorei! Vou adicionar o seu blog lá no meu porque eu também tenho um... passa por lá para fazer uma visita...rs! nossocortico.blogspot.com Beijos