domingo, 22 de abril de 2012

It us in the tape!!!




Era uma tarde de sábado e nós, amigas, gastávamos créditos trocando mensagens sobre como cada uma estava se arrumando para ir ao casamento de uma delas. As mensagens, uma mais tonta que a outra, eram muito engraçadas e levavam nossa linguagem, a forma de falar do pequeno grupo  formado por nós quatro, incluindo a noiva. Como dizia nosso amigo Thomas, “toutes les femmes de cette maison ont des noms avec ET” (todas as mulheres desta casa – a casa dele, no caso – tem nomes com E): Viviane, Daniele, Jaqueline e Fabiane. É nosso grupo de PodPowers.
Na conclusão das mensagens, me lembro da Fa escrever, dizendo que a gente ia se divertir muito no casamento: “É isso aí, Dani! It us in the tape”.
It us in the tape!!! Que fantástico poder brincar com as palavras e ser compreendido. Que fantástico é ter bons amigos, escolher e ser escolhido por eles.
As boas  amizades são uma escolha da afinidade, que se acomodam depois confortavelmente no coração. Estive pensando sobre contar amigos nos dedos e me sinto privilegiada, pois me faltam dedos.
Tenho amigos engraçadíssimos, dramáticos, bêbados demais, sóbrios demais, intelectuais, deliciosamente fúteis, simples,  polidos, grotescos, delicados... tenho um universo de gente  maravilhosa por perto. Bom, nem sempre tão perto, mas o fato de surgirem de vez em quando com a típica pergunta “como vc tá?”, é muito gostoso. É reconfortante.
Me parece que em junho tem uma data específica em que se  comemora o dia do amigo. Eu comemoro meus amigos todos os dias! Reservo a eles meu melhor abraço, forte, caloroso, fofinho; meu ombro para rir, chorar, dormir na volta do show; meu beijo carinhoso para selar a verdade do meu sentimento;  minha palavra bem pensada, a mal pensada algumas vezes; meu olhar  de “já entendi” ou “vamos arriscar?” ou “deixa pra lá” ou “adorei isso”, às vezes seguido de uma piscadela espertinha, com aquele meio sorriso de Monalisa e um aceno positivo com a cabeça. É o sinal de “estamos juntos nessa”.
Procuro ser sempre uma companhia agradável. Uma amiga, a Ude, diz que mesmo em meio à tanta turbulência, tenho a capacidade de rir e de enfrentar as situações com otimismo.  
Tem uma citação do escritor britânico G.K.Chesterton que diz assim: “Os anjos podem voar porque carregam a luz”. Não sou um anjo, mas aí eu disse a Ude que sou otimista mesmo porque acredito que a vida é um presente, não dá para abrir mão do esforço que Deus dispende todo dia para nos manter aqui. Ele tem muito trabalho para cuidar de todo mundo.
Então, mesmo quando tenho vontade de desistir, e isso acontece muitas vezes –muitas vezes! -, penso que é melhor deixar de ser egoísta e ingrata com tanto amor.  Amor a gente não rejeita.
Temos o poder de materializar desejos, que se fortalecem quando não estamos sozinhos.  Estou bastante sozinha ultimamente, porque em alguns momentos isso é necessário. Mas sei que tenho muita gente que me ouviria se eu gritasse, tenho amigos da melhor qualidade. E agradeço pela vida de cada um deles. 

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