sábado, 12 de outubro de 2013

Amar a Deus, a nós e ao próximo sobre todas as coisas



Outro dia, numa conversa com um querido amigo, falávamos sobre a necessidade de mudança de comportamento das pessoas de maneira geral, pois às vezes temos a sensação de que o mundo está no avesso. Meu amigo é católico e eu respeito e admiro o jeito bonito como ele se dedica a sua crença. Para ele, uma das soluções seria o retorno de Cristo em meio aos homens, para que as lições de amor fossem revistas - lembrando que dois dos principais mandamentos são fundamentais: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". No mínimo, pensamos que algo extraordinário, como o fato das pessoas refletirem melhor sobre suas atitudes, aconteceria. Será?
Penso que não se trata de acreditar ou desejar essa visita divina, mas de nós irmos a Ele, de amarmos o Deus vivo e livre dentro de nós. Cada um encontra sua maneira de fazer isso, mas muitos deturpam os reais valores da vida.
Certamente uma forma ideal é fazer o bem, sempre o bem, mesmo quando não recebemos o que semeamos - porque a colheita é subjetiva. Eu procuro fazer isso porque acho importante para meu crescimento espiritual. Procuro... nem sempre consigo - tem a expectativa do outro também - e nem sempre acerto.
Mas apenas fazer o bem não nos eleva, simplesmente. Como ir a Deus? Acho que vamos a Deus pelo bem que buscamos no outro. Buscando o amor por meio da tolerância, a vida com paciência, com respeito pelo outro. 
O principal, é a tolerância. Respeitarmos o modo de ser de cada um e sermos compreensivos com nossas condições, nossas falhas e dificuldades, além de gratos por nossas vitórias.
Temos tudo o que precisamos. Pare para pensar e analise sua vida... Mesmo com as discrepâncias, as pessoas têm o que necessitam, mas o grande "paranauê" (rsrs... Tiago, meu amigo, é capoeirista) é parar de reclamar para dar vazão à boa energia.
Eu estive pensando, dia desses, que nunca me faltou nada. Nunca tive riquezas, exorbitâncias, mas sempre o que preciso de essencial está ao meu alcance.
Quando deixei de aceitar e quis acumular, também não me faltou. Mas aprendi que não é para mim essa coisa de ter mais do que a simplicidade das coisas e gosto disso. Não posso abrir mão dessa simplicidade, da minha essência, da humildade de meu interior. 
Quando achei que a bondade que eu tinha não valia tanto à pena, eu fiquei em desvantagem no meu universo. Não posso mais fazer isso, porque são esses valores que me mantêm viva. Mas essa sou eu assim e cada um precisa descobrir o que o mantém. 
Temos que ir a Deus por intermédio do outro. Deus não está num lugar específico, Ele está no nosso irmão,
em qualquer irmão. Não é só no pobre, no condenado, na criança e no idoso. Está também na fartura dos ricos, em suas oportunidades muitas vezes invejáveis de viver. Ele está um pouco em cada um de nós.
Repito sempre porque acredito: somos templos sagrados e quando damos chance para que a desesperança venha viver em nós, atentamos contra nosso templo.
Em Lucas está escrito que o reino de Deus está dentro do homem. Já viu coisa mais linda? O reino de Deus somos nós. Somos divindades, seres divinos.
Para mim, está nisso a grande explicação para o fato de Deus nos amar tanto e nos confortar imediatamente quando solicitamos sua presença. 
Deus nos ama tanto e nos fez à sua imagem e semelhança (não física), por isso temos tantos poderes, só precisamos aprender a equilibrá-los, a dosá-los. E é pelo outro que vamos a Ele, semeando o poder que recebemos de "graça" quando nascemos: amando, compreendendo, respeitando e, principalmente, tolerando.

É isso... entre tantas oportunidades de escolha, que fiquemos com Deus!
Um beijo para todos. 

3 comentários:

Déa disse...

Você me emocionou!

Douglas Lellis disse...

Daniele Ricci disse...

Douglas Lellis: estou extremamente chateada por dois motivos:
(1º) respondi sobre seu comentário, dizendo que concordo contigo e que não sou religiosa, minha religião é o amor... mas no momento de postar, sumiu!! Aí resolvi procurar na administração do blog e (2º) ao clicar sobre seu comentário, eu o exclui. Passei um tempão tentando restaurá-lo, mas não consegui. Não estou gostando de trabalhar com o blogspot. É confuso e a maquininha que fica aqui na frente do computador não está lá muito esperta com essas configurações.
Peço-lhe UM MILHÃO DE DESCULPAS... e um novo comentário num próximo post para provar que me perdoou.
Obrigada. Um abraço!