quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Saltar bem alto!!!

Eu, definitivamente, sou uma pessoa de muita boa sorte. Sou mesmo abençoada. Tudo o que preciso, acontece da forma como precisa ser. Na hora, nem sempre dou o valor que a coisa tem, outras vezes até choro e fico mesmo emocionada com aquele acontecimento inusitado. Mas é uma sensação bem da boa.

Aprendi a me emocionar e choro mesmo. Não tenho problemas para rir ou chorar, pedir ajuda, dar risada com gente estranha, ir ao banheiro público se estiver precisando, tirar os sapatos se estiverem machucando meus pés, dançar até despentear os cabelos lindamente produzidos, deixar de ir a uma festa pra ficar com um amigo que não esteja bem, sair na chuva e borrar a maquiagem, dar minha opinião e ouvir a do outro, declarar amor por quem me faz bem. Cada momento é único, viver me emociona e mesmo quando há uma torcidinha contra, a real é que a inveja é o desejo mais humano de querer ser protagonista daquele momento. Aí, a gente torce pra que a pessoa também conquiste.

Deus provavelmente se cansou de querer me mostrar algumas coisas levemente e tem despejado uma série de informações sobre mim. Não... não cansou, acreditou na minha capacidade de assimilar. Muita coisa tem sido um baita puxão de orelha para que eu respeite melhor minha intuição e o tempo das coisas.

Cada coisa tem seu tempo, sim. E acontece no instante mais preciso. Aí entra a intuição, aquele sentimento de que você sabe o que vai acontecer, mas precisa ter paciência para a hora da chegada. Apaziguar o sentimento e curtir a batida do coração. É muito bom!

Já ouvi muitos conselhos, dispensei a maioria e assimilei diversos. No final, a decisão é sempre minha. Mas gosto de ouvir. É interessante isso de saber o que as pessoas pensam, porque as ideias são compostas por experiências, pelo “ouvi dizer” ou o “já vi acontecer”, pela cultura, educação e personalidade. Mas a maioria é pela experiência mesmo.

Poxa... vida, né... que interessante. To aqui filosofando sobre a minha. Que vida legal eu tenho. Quanta gente importante faz parte dela. Quanta coisa boa eu já fiz. Quantos planos bacanas eu reservo pra daqui a pouco. Quanta decisão e dúvida. Quanta colheita. E que aprendizado!

Isso é só uma coisa. E uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, como brinca um de meus muitos e bons amigos. Acho que estou sentindo uma paz em alguma parte de meu organismo. Vivência orgânica. Foi um processozinho dolorido. Mas foi integrante. Se bem que às vezes tive vontade de me desintegrar, se querem saber.

E, dentro de todos esses processos, afinal, existem os defeitos que a gente vai tentando corrigir pra evoluir como ser humano. Alguns são como um super rasgo na meia-calça na hora de concluir a produção para começar a própria festa.

Mas eu nunca me esqueço de quem me ajuda a dobrar meu paraquedas (que agora escreve assim, pela nova regra gramatical, que particularmente acho pouco interessante). E não aceito essa coisa de que a gente deve dar sem esperar receber. Sempre, todo mundo, espera o retorno, seja material, emocional, um sorriso ou qualquer coisa. Quando não vem, é bem ruim... é como a criança que espera a bola de capotão de Natal e vem a de “prásteco”.

E olha que quem dobra o nosso paraquedas é uma puxa de uma pessoa importante. Você deposita nela toda a sua vida. Nada mais, nada menos, apenas a sua vidinha inteira. Imagine-se, lá do alto, apreciando a paisagem, contando até 20 e respirando antes de abrir o equipamento (um, respira, dois, respira, três, respira, aprecia, quatro e vai plainando...) e, de repente, na hora de puxar a cordinha, ela emperra. Você cai, como um saco de cimento, profundamente. Queda sem volta. E nem dá tempo de pensar: “aquele filho-da-puta sequer se preocupou se estava dobrando direito meu paraquedas!”

Mas, o contrário, se você pousa perfeitamente sobre aquele solo macio, depois daquela plainada boa, da contemplação da paisagem, do vento na cara que entorta toda a sua pele, do grito de “uhuuullll” que significa liberdade, do Sol na cara, brilho nos olhos e tudo deu certo pra você no fim daquela jornada... eu te pergunto, meu amigo, minha amiga (isso é resquício de horário político.. rs): você se lembra de agradecer e admirar quem dobrou seu paraquedas? Na hora da emoção, da adrenalina, talvez e provavelmente não. Dificilmente. Porque num outro dia, quando você for saltar de novo, ta lá a mesma pessoa, fazendo o mesmo trabalho, pra você curtir sua vida do alto, com a cabeça nas nuvens, e poder comemorar com os pés no chão.

Fim da história. A moral (minha moral, que serve pra mim e talvez pra você): tenha paciência, confie e saiba valorizar o tempo (isso é fé!), ouça sua intuição, aguce-a, faça com que as pessoas que estiverem por perto sintam que você lhes dispensa atenção e lhes dá importância, auxilie, peça ajuda, ame do coração pra dentro. Não se esqueça de se emocionar, permita a adrenalina, curta o salto, pouse seguro, sempre tem alguém que nos espera. Ao abrir os olhos pela manhã, aquele clarão renova suas chances de ser melhor. Seja grato.

Valeu por ficar comigo até aqui!



Imagem do site canalverde.tv