sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Quem somos para decidirmos sobre o direito do outro em amar?



Há dois dias venho refletindo sobre um excelente documentário que vi pela GNT, com o ator britânico Stephen Fry, chamado A Luta Gay pelo Mundo. Relatos fantásticos de gente impedida de simplesmente AMAR, vitimadas pela homofobia e pelo desequilíbrio de quem pratica o preconceito por medo do que lhe é diferente.
Logo no início do documentário, Fry mostra um dos maiores movimentos mundiais contra a homofobia: a Parada Gay em São Paulo, um exemplo brasileiro de evolução na aceitação do ser humano em sua diversidade. Aliás, São Paulo é um parabéns, maravilhosa na recepção de todo tipo de gente!
Na contramão, depois de mostrar esse lado do Brasil, Fry segura o vômito para entrevistar o deputado Jair Bolsonaro, que ele identifica como "um dos maiores homofóbicos DO MUNDO". Um contra-senso na evolução brasileira em relação ao combate ao preconceito, afirmação que se torna questionável diante das estatísticas que apontam para a morte de um homossexual a cada 36 horas.
Uma das falas de Bolsonaro "comemora" o fato do Brasil não agir como o Irã, onde assumir a homossexualidade é assinar a pena de morte por enforcamento, uma ação que assinala, para mim, a mais pura forma de calar alguém, sufocando qualquer perspectiva, sua fala, seus sentimentos, seu caráter, suas convicções.
A afirmação do deputado brasileiro é bastante perigosa. Quem aceita o mal pela metade, ainda assim é mal. A partir desse parâmetro, não posso aceitar que ele seja menos pior que os terríveis pastores homofóbicos da África, irredutíveis em suas defesas de uma sociedade ilibada, distinta da mácula de homossexuais, que permitem o estupro de meninas, de crianças lésbicas, para mostrar a elas como é que se brinca com... homens??? Homens que usam a religião - palavra que traduz a ligação com Deus - para determinar quem é um filho divino e quem não é digno de uma vida sem terror.
Este vídeo mostra um trecho do documentário, no Brasil, com entrevista com Angélica Ivo, mãe do Alexandre Ivo, menino de 14 anos torturado por duas horas infinitas e morto no Rio em 2010, por aparentar ser gay. APARENTAR!!! Uma criança brasileira, que poderia ser meu filho. Como mãe, mulher e humana, choro pela dor dessa e de tantas mães como Angélica.
Nós somos monstros em condição educativa: é preciso educar nosso interior para as boas atitudes, refletir muito sobre as próprias ações antes de agir, equilibrar os pensamentos em direção a uma conduta de amor concreto e respeito pela história que cada um carrega. NÃO HÁ outro caminho. Não há!
Vale a pena ver o documentário todo.

Paz pra que a gente se proponha a pensar com o cérebro e coloque em funcionamento o coração.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Um grande abraço de ano novo!


Imagem: Google

Um ano termina, outro começa e a vida assim vai dando os nortes que a gente precisa para evoluir. Há quem alimente uma certa melancolia de fim de ano em relação às coisas que vão ficar no passado, mas o melhor de tudo são as novas expectativas, os planos para o futuro. E é bem por isso, creio, que há um começo e um fim para tudo. Deus é um cara muito gênio. 
É interessante como, a cada ano, somamos aprendizados. Hoje, aos quase 42, compreendo perfeitamente o significado da frase "queria ter 20 com a sabedoria dos 40". Ter 20 é infinitamente legal, mas os 40 têm um quê de poder que gosto de provar. 
As experiências se renovam constantemente e na vida a gente sempre aprende (ou deveria), mas sentimentos consolidados não têm que falar alto. A afinidade dos olhares determina quão valiosa e infinita é uma determinada ligação e acredito que há nisso um poder de universo, uma mágica divina que evoca dois seres para a missão de se encontrarem simplesmente para se fazerem felizes, seja qual for o tipo de relação.
Que grande sorte e proteção de Deus a minha encontrar tantas pessoas que alimentam minha alma com seus sorrisos, com o aconchego da troca de segredos, conselhos e desabafos, amizades abençoadas que provam não haver época ideal na vida para se encontrar grandes amores.

Percebo hoje que Deus não apenas nos abre novas portas, mas nos dá a oportunidade de escolhermos novos caminhos a cada pensamento, desenhando a estrada pelo primeiro passo. 
Há uma coisa que digo: para cada caminhante, um caminhar. Que nossas trilhas sejam abençoadas, com a força de muito amor neste novo ano. O bom de tudo é poder fechar os olhos e sentir a alegria de ser abraçado por nossas escolhas. O resto das coisas, nem precisam ser ditas.

Seja feliz em mais este ano!
Beijos...

Danica