sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tudo de bom [dot] com

Olha só!!

Felicidade é uma poção que se toma para se apossar da sensação de que aquilo valeu a pena. Seja em doses homeopáticas, lentamente, como se prova bons vinhos, se degusta um bom chocolate, seja de maneira intensa, como as altas gargalhadas com os amigos, momentos de alegria e intimidade com os filhos, desses que desopilam o fígado e libertam todo o organismo.
Esta é uma época de abraçar e agradecer. Todas são, mas esta, parece ter sido especialmente criada para isso. Momento de rever e reaproveitar ou reciclar, o que mais se espera é que a gente tenha sempre bons desejos de evolução para si, que se estendam aos outros e que se tornem reais. É possível querer e fazer acontecer, a vida se constrói na medida que damos a nós o poder das nossas oportunidades. É divino, sempre digo, é mais do que essa coisa humana do querer, “é um querer mais que bem-querer”, como na poesia do Renato Russo.
E amar é muito bom! De todas as formas, é muito bom. É um exercício quando a gente decide se dedicar a amar o que estiver pela frente a cada piscar de olhos. Desejo que a gente sinta. A perfeição está nisso. Que consigamos nos transformar, que a gente ame simplesmente. É muito simples. Amar nos torna seres infantis e a infância é o tempo das descobertas deliciosas que se perpetuam por toda a vida, mas nem sempre se dá a elas o sabor da criancice. Culpa da rotina, das obrigações que recebem um peso tão grande quando, até por puro prazer, deveriam ser mais leves.
Então, desejo que a gente seja leve. Pise leve, pisque leve, olhe para as próprias mãos e veja nelas o canal de energia que nos liga ao universo. Basta erguê-las, colocá-las à frente e se tocar. Se toque. Cada parte de você foi cuidadosamente selecionada para compor esse ser humano único, extraordinário.
Que a gente seja feito de muitos desejos, que tenhamos a leveza daquela felicidadezinha que arrepia quando fechamos os olhos para recordar as boas experiências e surge um sorrisinho discreto e espertinho. Sorrisinhos, risadonas... são o melhor antídoto contra as rugas e as rusgas.
Desejo! Quero muito mais bons momentos que duram na lembrança com o sabor das coisas provadas com o cuidado que a natureza das almas exige.

Que não nos falte trabalho, porque movimenta o corpo, ilumina a mente, é importante para mantermos a sobriedade e a saúde. Estou muito feliz com meu novo trabalho, experiências ricas demais, pessoas imensamente ricas delas, mestres. Como é bom começar uma nova rotina! Acho demais a chance de renascer todos os dias quando abrimos os olhos e temos uma perspectiva única. Minha grande felicidade é abrir os olhos diariamente, sentir-me viva e poder ver minha filha mais uma vez, compartilhar desse espírito me dado de presente. Tenho uma gratidão imensa a Deus por mais isso. Quantas Ele me apronta e me torna merecedora!!  Sou uma pessoa de muita boa sorte!!! Amém.

Não sou de fazer planos, gosto de viver naturalmente, mas tenho muitos para o ano que vem. Estou realmente animada. Sou passiva em relação à vida, não por comodismo, mas por respeito à sua sabedoria. Acredito que ela cuida da gente como uma boa mãe e dita os rumos, faz as melhores escolhas. Tem que exercitar essa compreensão, assim facilita entender o que a vida quer de nós.
Gosto de viver naturalmente, sem muitos rumores, deixando as coisas acontecerem. Viver com naturalidade. A gente se esquece disso às vezes e fica colocando empecilhos à felicidade, escolhendo demais, se preocupando muito mais do que precisa, não está certo. Se confiamos no poder que Deus dá a cada um para realizações excepcionalmente maravilhosas, a todo momento, não há porque se ocupar em criar situações constrangedoras, atrasar o caminho com problemas.
Desejo que a gente use mais nossa capacidade de facilitar as coisas para vivermos melhor. Dentro de um minuto tem um novo "EU" esperando para ser o melhor. Acesse-o, liberte-o, confie. Seja simples e naturalmente feliz.
Se o mundo acaba mais hoje, tudo de bom para você mais amanhã!
Beijão!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Gentileza da Natura

Em março de 2011, postei um texto sobre as gentilezas do dia-a-dia, inspirado em uma reportagem que escrevi para o Jornal de Piracicaba. Fico feliz porque muita gente passa aqui pelo blog e muita gente gosta. Quero mesmo que gostem, obviamente, mas mais do que isso: quero que sintam. É que são palavras que escrevo com o coração ou situações que tenho vontade de contar, porque acredito que dão boas histórias.  Como autora, não consigo ver os textos de maneira fragmentada, para mim são blocos de ideias compactadas. Mas há quem consiga. O pessoal da Natura, por exemplo. E daí que essa empresa maravilhosa, que trabalha visando nosso bem-estar, escolheu uma frase em meio a tantos textos, uma das frases do texto sobre gentilezas. A citação virou uma montagem (não sei o nome correto disso) e foi parar na fanpage Natura Todo Dia, uma das peças publicitárias da empresa lá no Facebook. Sou eu em meio a escritores que tanto admiro, como Manoel de Barros, Cecília Meirelles, Martha Medeiros, Drummond, Mário Quintana. Sim, estou muito orgulhosa!! Mas estou mesmo muito feliz porque essa empresa tão importante enxergou algo de muito bom aqui e está dando oportunidade de promoção para uma escritora nanica, abrindo as janelas para que minhas palavras sejam lançadas como suas fragrâncias em novos caminhos.


Natura Todo Dia no Facebook





Um dia é um arco-íris de pequenos milagres


Arco-íris durante a chuva da tarde de domingo, da janela da minha casa:
sutil, mas estava ali para quem quisesse ver  

Temos vivenciado muitos milagres acontecendo todos os dias, mas não temos notado. Ver e enxergar são coisas distintas. Ver e sentir são ainda mais. Há coisas simples que tocam nosso coração, há situações que apenas participamos como observadores e, mesmo assim, nos tocam. Somos feitos de um poder que nos é dado com o propósito primeiro de reconhecimento: é preciso tomar partido da existência dessa força interior para que ela aja de fato e nos permita transformar as coisas. 
A essência de toda a criação é a excelência do bem, mas em certos momentos algo muda, sai da rota e migra para fora da proteção natural. É quando isso acontece que as pessoas se perdem da verdade que as faz seres inigualáveis.
Não há tempo a perder, porque a natureza essencial pede ajuda agora! Faça a diferença! Parece simplesmente uma dessas frases feitas. Sim, feitas para a diferença. É um convite grandioso, um chamamento para que cada um fortaleça seu poder de manter a essência do bem em todos as suas atitudes. 
Faça a diferença, levante-se! Restaure sua capacidade de ser mais que uma passagem pela vida do outro. Cuide das palavras para que sejam sempre boas. Muitas vezes o outro não irá compreender seu carinho com elas. Desculpe-se, perdoe-o. Lembre-se que o reconhecimento nem sempre vem na forma plena ao justo, mas não desista de ser o melhor de si, não desvie sua essência. Não caia! 
Visualize o arco-íris: surge em meio à tempestade e coloca uma beleza única na paisagem. O arco-íris faz a diferença! É como se trouxesse uma mensagem de que a dificuldade passou novamente e é possível dar cor ao caminho, mesmo que muitas vezes a gente não saiba onde começa, nem onde vai dar, mas está ali, existe, é possível. O arco-íris é um grande sinal das novas possibilidades, merece nossa observação poética. É um dos pequenos milagres cotidianos, como tantos outros que ocorrem e passam despercebidos. 
Preste atenção! Viva seus milagres diários.

Beijão!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

La Cucaranossauro



Moro numa casa só de mulheres: eu, Mariana e todas as meninas dentro de nós. E como numa boa casa de mulheres, baratas não são bem-vindas. Mesmo assim, algumas às vezes insistem em fazer parte da nossa vida, principalmente quando está calor.
Chegam em grande estilo, pelos ares, imponentes e lânguidas, na maioria aterrissam tão rápidas que você só sabe que estão ali quando ouve o trem-de-pouso baixar e as asas se recolherem. Aí, ela começa a taxiar por sua casa, intrépida, descobridora de todo o ambiente com aqueles radares dianteiros enormes. Bem independentes essas espertinhas. 
O mais interessante é que parece que quando você mata uma, o espírito da morta permanece no ambiente, zumbizando em seus ouvidos. E mais: elas sabem que ali está havendo o velório de uma igual e resolvem aparecer, mas desta vez chegam como de submarino, muito mais silenciosas. A gente sempre tem uma intuição que tem mais uma.
Agora, imagina isso por volta da uma hora da madrugada!! Depois de se deparar com ela, tem início uma peleja que parece não ter mais fim, como o sono que você estará fadado a sentir no dia seguinte, por culpa da cascuda.
Dia desses ela resolveu aparecer quando eu fechava a porta de minha sacada. Entrou voando pela sala, quase passando sobre mim, como se estivesse perdendo a última chamada para um embarque internacional. Desesperada, como eu fiquei quando a vi, pois já sabia que perderia um tempo lhe dispensando atenção.
Mas tinha que ser, seu tamanho era de assustar! Parecia uma vaca Nelore, dotada de asas de pterodátilo, invadindo o espaço sideral da minha cápsula de armazenamento. Quem acha que é exagero, é porque não a viu. Nojentinha!!!
Dei adeus ao sono e corri procurar o SBP-Terrível-Contra-os-Insetos. Sem sucesso. Em algum lugar do passado eu havia emprestado o inseticida a uma vizinha muito medrosa, num desses empréstimos rotineiros entre vizinhos, apelidados de "Só um V" (o de Vai... e não volta).
Desarmada do ideal - afinal, o som da bicha estalando e a gosma espalhada pelo chão depois disso, não são nada agradáveis -, parti para a segunda opção natural à matança baratística: o chinelinho. Foi nessa hora que o pânico tomou conta de mim. Meu chinelinho fofo, branquinho, novo, de pelúcia, não foi feito para a guerra.
Enquanto eu pensava numa alternativa rápida e próxima, já que não poderia perdê-la de vista, observava fixamente aquela bandida percorrendo, dona de si, os contornos da minha TV. Aquelas antenas de triceratops (simmmm, as baratas são dinossauros!!), verdadeiros sensores de radar a longa distância, pareciam detectar a presença do eu-nimigo (ok, esse trocadilho foi um horror). Era eu ou ela, sendo eu já armada da tropical havaianas e ela, de suas asas. 
Bati, errei. Na verdade, joguei o primeiro pé do chinelo, no desespero que ela usasse suas asas contra mim. Ela facilitou. Foi o outro pé, certeiro para atordoá-la, mas rápido demais para o extermínio total. Última chance: a revista, material que não falta em minha casa e que, depois de servir gloriosa como arma para minha vitória, foi para o lixo junto com sua vítima. 
Fim de jogo. Game over. Vou dormir. Ventilador ligado na velocidade 3, cama arrumadinha, quarto fresco, ajeito meus travesseiros e me jogo para o descanso. Apago a luz, adoro dormir no escuro. Ajeito-me sobre meu colchão gostoso, viro-me para a esquerda, suspiro e fecho os olhos. No meio do silêncio, surge um "zumm" de asas sobrevoando meus ouvidos. Levanto correndo pra acender a luz!!! Tinhosas!! Eu disse que elas andam em bandos e se escondem no submundo??!! 
Desgraçada, vontade de chorar de raiva! Lá se foi mais uma hora perdida. Eu é que não queria aquele bicho caminhando sobre mim à noite. Por fim, sem sucesso, fui vencida. Dei uma "banana" para la cucaratcha e parti pro sono, que só durou três horas até a alvorada do dia seguinte.