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quarta-feira, 18 de março de 2015

Tu ta maluco? Respeita as moças!

Palhaço em manifestação com 210 mil pessoas em SP. 
Quantas mais foram lá só pra ofender? (Foto: Elisa Feres/ Terra)

Umas das fotografias publicadas pelo site Terra sobre as manifestações do dia 15/3, me chamou a atenção. Jornalista tem necessidade de opinar, comentar, sua ferramenta de vida são as palavras, mas confesso que tenho segurado minha onda sobre as manifestações. Porém, a imagem do rapaz segurando um papelão onde estava escrito "Dilma puta" ficou martelando.
Sinto enjoos quando vejo projetos de homens ofendendo mulheres. Não votei na Dilma e discordo de muito na atuação desse governo, mas ela continua sendo uma autoridade, brasileira, escolhida legitimamente e, como qualquer pessoa, merece e tem direito ao respeito.
Nosso povo mal educado não aprendeu da maneira correta o que é democracia e liberdade de expressão. Uma atitude ofensiva dessas, só porque ela é mulher (como sua mãe, sua irmã, sua avó, filha, tia, namorada e amigas), se encaixa em qualquer palavra criada para expressar um tipo de indignação que não tem mais termo. Caso das palavras libertinagem e politicagem. Essa ofensa é uma politicagem, tão sacana quanto roubar dinheiro de Petrobrás, Caixa e sei lá mais onde (mais fácil listar onde não), pois configura falta de respeito, de educação e, principalmente, de caráter.
Fico indignada pelo constante desrespeito às mulheres (sou mãe de uma mulher com uma personalidade admirável), mas também pelo que gente assim pode fazer com pessoas velhas, colegas de trabalho, animais, comportamento no trânsito, dentro de casa e etc.. A falta de caráter é inerente a esse tipo e infelizmente esse rapaz não foi o único, até mesmo mulheres cometeram esse suicídio mental.
Não é lamentável, é criminoso. Gostaria de entender por que a lei não é aplicada nesse caso, por que essa pessoa não é retirada da parada como fazem com os que vestem camisetas vermelhas, pois o direito dessas pessoas começa onde termina o meu e, como mulher, meu direito ao respeito não termina.
Esse "manifestante" deveria integrar o nariz vermelho como acessório permanente. Para puta não existe diferença entre termos, mas ser palhaço, no sentido pejorativo, combina bem com ele. Esse sim, e outros como ele, queria ver a polícia meter na cadeia, em todos os sentidos.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Quem somos para decidirmos sobre o direito do outro em amar?



Há dois dias venho refletindo sobre um excelente documentário que vi pela GNT, com o ator britânico Stephen Fry, chamado A Luta Gay pelo Mundo. Relatos fantásticos de gente impedida de simplesmente AMAR, vitimadas pela homofobia e pelo desequilíbrio de quem pratica o preconceito por medo do que lhe é diferente.
Logo no início do documentário, Fry mostra um dos maiores movimentos mundiais contra a homofobia: a Parada Gay em São Paulo, um exemplo brasileiro de evolução na aceitação do ser humano em sua diversidade. Aliás, São Paulo é um parabéns, maravilhosa na recepção de todo tipo de gente!
Na contramão, depois de mostrar esse lado do Brasil, Fry segura o vômito para entrevistar o deputado Jair Bolsonaro, que ele identifica como "um dos maiores homofóbicos DO MUNDO". Um contra-senso na evolução brasileira em relação ao combate ao preconceito, afirmação que se torna questionável diante das estatísticas que apontam para a morte de um homossexual a cada 36 horas.
Uma das falas de Bolsonaro "comemora" o fato do Brasil não agir como o Irã, onde assumir a homossexualidade é assinar a pena de morte por enforcamento, uma ação que assinala, para mim, a mais pura forma de calar alguém, sufocando qualquer perspectiva, sua fala, seus sentimentos, seu caráter, suas convicções.
A afirmação do deputado brasileiro é bastante perigosa. Quem aceita o mal pela metade, ainda assim é mal. A partir desse parâmetro, não posso aceitar que ele seja menos pior que os terríveis pastores homofóbicos da África, irredutíveis em suas defesas de uma sociedade ilibada, distinta da mácula de homossexuais, que permitem o estupro de meninas, de crianças lésbicas, para mostrar a elas como é que se brinca com... homens??? Homens que usam a religião - palavra que traduz a ligação com Deus - para determinar quem é um filho divino e quem não é digno de uma vida sem terror.
Este vídeo mostra um trecho do documentário, no Brasil, com entrevista com Angélica Ivo, mãe do Alexandre Ivo, menino de 14 anos torturado por duas horas infinitas e morto no Rio em 2010, por aparentar ser gay. APARENTAR!!! Uma criança brasileira, que poderia ser meu filho. Como mãe, mulher e humana, choro pela dor dessa e de tantas mães como Angélica.
Nós somos monstros em condição educativa: é preciso educar nosso interior para as boas atitudes, refletir muito sobre as próprias ações antes de agir, equilibrar os pensamentos em direção a uma conduta de amor concreto e respeito pela história que cada um carrega. NÃO HÁ outro caminho. Não há!
Vale a pena ver o documentário todo.

Paz pra que a gente se proponha a pensar com o cérebro e coloque em funcionamento o coração.

sábado, 25 de outubro de 2014

Um lar de boas histórias e lembranças





Eu sou feliz. Mas sou intensa. Por isso, não sei sentir pouco, tudo o que faço é  com pensamento grande. Meu irmão, que bem me conhece, me vendo triste um dia por causa dessa minha intensidade, comentou uma frase que nunca mais esqueci: "Numa alma grande, tudo é grande."
Achei simpático. Um elogio e tanto. E como eu sabia que era verdadeiro, fiquei feliz na hora. 
Sou simples, me agradar exige muito pouco.
Acho que aprendi isso com o meu avô. Ele tinha um passarinho preto e todos os dias, quando eu ia a casa dele, eu passava a mão na crista do passarinho e ele adormecia de cair do poleiro. 
Meu avô, que foi a melhor alma que Deus me deu a oportunidade de conhecer na vida, o tirava da gaiola e dizia que não gostava dele lá, mas que já estava há tanto tempo que essa tinha virado a natureza dele. Ele o colocava na minha mão de menina, pequenininha, e a gente ficava conversando um tempão, sentados no chão do enorme quintal  daquela casa.
Enquanto eu o acariciasse, o passarinho continuaria dormindo. Ele trocava a chance da liberdade pelo carinho. Como muita gente faz. Acho que não enxergava o horizonte além da proximidade da gaiola. 
Mas realmente o ambiente ali era muito bom. A casa dos meus avós não tinha piso, era chão de tijolos socados e terra, embora fosse casa de material. No frio, era muito fria. Mas era um ambiente rústico convidativo. Ninguém se importava de sujar os pés de terra, porque o privilégio era ter abrigo. 
Para evitar a poeira, minha vó jogava água. Ficava um cheirinho de tijolo e terra que demorava a secar. E esse cheirinho, às 5 da manhã, se juntava à fumaça do café de coador de pano, quentinho, doce e ao sabor de moda de viola. O sol já ia entrando pelos fundos da casa, iluminando a cozinha e dando bom dia.
O colo do meu avô era o primeiro que eu procurava pra tomar café, limpar as gaiolas, trocar a água dos passarinhos, daquele canário-da-terra que era o xodó.
Eu brincava na oficina de consertos eletrônicos do meu tio e adorava quando ele fundia os fios, coisa que deve ter um nome, mas não me lembro. Achava lindas as faíscas, eram como estrelas que a gente podia ver bem de perto, embora não fosse recomendável.
Senti saudades quando ele foi pro Exército, mas adorava suas voltas porque sempre me trazia uma boneca porcaria, dessas de plástico, sem qualquer articulação. A preferida tinha cabelos compridos e negros feito uma índia, com roupas azuis.
Em frente à casa havia um banco feito com um tronco de uma árvore cortada há muitos anos. Como era arredondado e grosso, balançava. Ali virava ponto de encontro para as conversas com os vizinhos nas noites quentes. Enquanto isso, a criançada aprendia a andar de bicicleta até a outra esquina. 
A casa do meu avô ficava numa esquina da Osório de Souza com a Fernando Febeliano da Costa, ali na Vila Independência. Era uma das primeiras casas do bairro. Segundo minha mãe, ela era menina e tinha aquela e mais umas cinco, eram ruas de terra. Um único vizinho - guardada a proporção da distância da vizinhança, de quilômetros -, um japonês, era o feliz proprietário de um telefone. Luxo à época. Emergências e urgências, nesses casos, era para a casa dele que viajavam os vizinhos para poder usar o aparelho. 
Anos depois, já na década de 70, meu avô também tinha um aparelho. E me lembro, dotada de minha criatividade infantil, de pensar: "será que um dia os telefones não serão de discar e nem tão pesados assim?" Errar um número era triste, porque exigia nova discagem, machucar meus dedinhos naquele disco pesadão. E olha que hoje podemos até conversar com o aparelho que ele disca sozinho!!! Da hora a vida!!
Mas naquele tempo, nem se podia imaginar uma coisa dessas. Naquelas noites quentes em que a gente se juntava em frente à casa, lá por volta das oito da noite, chegava o seu Milton, um senhor bonitão, simpático e sempre aprumado, às vezes só, às vezes com a esposa. Guardava o Gordini - que depois virou Fusca - na garagem ao lado, fechada com um frágil portão de madeira. 
Eu brincava com a meia dúzia de irmãos pretinhos que moravam na vilinha mais adiante e com o neto da dona Alcinda. Aprendi a andar de bicicleta ali, naquela rua. Me sentia a mulher-maravilha e às vezes minha avó me improvisava uma capa. Lá, naquele cenário, eu tirei fotos em cima de cavalinhos, vi passar o palhaço na perna-de-pau divulgando a chegada do circo, fui à feira comer doce de leite de colher com minha avó, vi meu vô colocar piso cerâmico na casa toda, meus tios casarem, a casa ficar grande, as coisas mudarem e chorei quando ela foi vendida e demos adeus à oportunidade de novas histórias naquele lugar tão especial.
Às vezes passo por ali, mas o lugar já não é mais o mesmo. Não foram as reformas, mas é que qualquer casa só se torna lar pela presença do amor entre os que vivem nela. Meu avô já se despediu de nós, vovó partiu esta semana, meus tios tomaram outro rumo, a vizinhança mudou.
Hoje tenho meu próprio lar e nele escrevemos, eu e minha Maria, nossas boas histórias. É nosso abrigo, nosso templo, nosso cantinho, nosso ninho. É nosso, porque nele estamos. Tento, dentro das possibilidades que a vida moderna nos oferece e do espaço que temos nesse nosso lugar de viver, que seja um abrigo de boas lembranças que no futuro nos impregnem dessa sensação de paz que sinto agora ao rememorar essa fase da minha infância. Dá vontade e fecho os olhos para ir caminhando por entre aqueles sorrisos.
Parafraseando o Roberto, das lembranças que eu trago na vida, essa é uma das saudades que eu gosto de ter. Assim, sinto todos bem perto de mim outra vez. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

"Pour agir et réagir" - prescrição médica

"Quando uma porta se fecha, outra se abre.
Portas fechadas trazem mudanças...
e às vezes é exatamente disso que você precisa!"

Li a frase num lugar qualquer da internet.
Eu sou adepta a mudanças. Se a questão é prática, acho fácil. Mudar exige coragem para o novo, confiança, otimismo, positividade.
Difícil é promover a mudança emocional. O que a gente sente, é carregado de expectativas. Exige mais que coragem, mais que otimismo: é muito esforço, perseverança, amor próprio e, principalmente, desapego. 

Mas nunca se esqueça: "Isso logo passa!" Foi o melhor conselho que já ouvi. 

domingo, 2 de junho de 2013

Renove sua fé pra mais esse restinho de ano


 
As pessoas estão cada vez mais em busca de alimentar a fé, seja pela religiosidade tradicional ou pela alternativa. Mesmo assim, mostram-se fracas quando surge uma situação diferente, com a qual têm dificuldade em lidar.
 
Como podem achar que têm problemas se há a busca constante por alimentar sua fé? Fé não é acreditar, fé é não ter dúvidas de que algo divino pode acontecer pra gente, de que somos seres divinos e precisamos exercitar nossa paciência para aprender a esperar a mudança, a novidade.
 
Outro dia li que quando a gente pensar em dizer a Deus que temos um grande problema, é melhor mostrar ao problema que temos um grande Deus. Isso se mostra com a paciência e a fé.
 
E problema mesmo, a gente não tem nenhum. Se você acorda com saúde, caminha, trabalha, tem amigos, comida, roupa, casa, você ri, conversa, se distrai, tem braços, pernas, fala, ouve... imagina só tudo o que uma pessoa tão perfeita como você é capaz!!!!!
 
Nada é mais poderoso do que a força de cada um. Somos um templo sagrado, por isso devemos nos respeitar, amar e nos doar, porque estamos aqui para sermos semente do bem que germina na vida do outro.
Um grande beijo e bom início da metade do ano!!!
 
Dani

terça-feira, 2 de abril de 2013

Auguri, Nicolas!!


O pai do Nicolas, aos 8 a.
Certamente o grande momento da vida de uma pessoa é o nascimento de um filho. Não existe outro maior, não há amor mais surpreendente e insuperável. Ainda hoje, 20 anos depois, me emociono ao lembrar perfeitamente das curvinhas de minha Mariana, da imensidão daquele ser de 51 cm e 3.700 kg, gorduchinha, de cabecinha redondinha, cabelinhos e olhos escuros, chorinho com um bico lindo, pronto pra mamar um monte! Seu primeiro olhar em minha direção agarrou sutilmente minha alma para sempre. 
E hoje, ao ouvir o chorinho de meu sobrinho Nicolas, tive aquela sensação de sair do corpo de tanta felicidade. O choro é a primeira manifestação de comunicação do ser humano. Meu gigante de 49 cm, um  reizinho como seu pai, dono de meu coração e de meu grande amor. 
Quando meu irmão nasceu, eu tinha 4 para 5 anos. Mas me lembro. Era meu boneco, o primeiro de meus três amados irmãos. Meu Fabinho sempre foi lindíssimo, dono de lindos olhos que minha filha também herdou, cachinhos dourados, sorriso largo, dentinhos pequenos, voz rouca e doce, mãozinhas gordas, personalidade forte, decidida... aquariano (e daí que não precisa dizer mais nada).
Dava trabalho, porque só dormia depois de passear de carro e, para todo lugar onde íamos, tínhamos que levar aquele saco de bolas de plástico que ele não largava. Sempre fomos mimados por nossos carinhosos pais, que também foram rígidos. O Fabinho aprontava muito e quando levava umas chineladas, quem chorava era eu, pois não queria que "maltratassem" meu irmãozinho.
Muitas coisas me deixaram orgulhosa dele ao longo da vida, mas eu adorei quando fomos pra faculdade juntos, principalmente porque sua escolha foi pela área de Comunicação, que eu, pretensiosamente, acho que foi por influência minha.
Tornou-se um homem lindo em todos os sentidos: bom, honesto, batalhador, inteligente, divertido; às vezes é chato, muito crítico e dono da verdade, mas ainda detentor da minha grande admiração, porque seus defeitos não superam sua amorosidade por quem o rodeia. Em especial, seu cuidado e amor por minha Mariana, que já seria o suficiente para que ele tivesse meu respeito. "Quem minha filha beija, minha boca adoça", segundo um ditado árabe que uso bastante.
Bem, estou muito feliz, já disse. A chegada do Nicolas retoma pra mim uma lembrança linda de meu irmão. E feliz porque, como se já não bastasse ter minha cunhada Veridiana como uma querida irmã - espero que meu sobrinho herde dela mais do que qualquer traço físico, mas a simpatia e o bom humor que me conquistaram. Mais do que uma irmã, ela é a brilhante mãe de nosso reizinho, a linda mulher que carregará meu coração, minha fidelidade como amiga e minha gratidão pela alegria que está promovendo em minha vida.
Meu sobrinho é muito fofo. Rosadinho, saudável, parece bonzinho, graças a Deus. Esse italianinho vem renovar nossas vidas, nossa visão sobre a importância e o valor da família. Estamos em festa, porque o mundo hoje se renovou para nós. Meu primeiro post deste ano, vem cheio da alegria desse nascimento. 

Tanti auguri, Nicolas Giovannetti Ricci. 
Grazie mille. 

Baccio. 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tudo de bom [dot] com

Olha só!!

Felicidade é uma poção que se toma para se apossar da sensação de que aquilo valeu a pena. Seja em doses homeopáticas, lentamente, como se prova bons vinhos, se degusta um bom chocolate, seja de maneira intensa, como as altas gargalhadas com os amigos, momentos de alegria e intimidade com os filhos, desses que desopilam o fígado e libertam todo o organismo.
Esta é uma época de abraçar e agradecer. Todas são, mas esta, parece ter sido especialmente criada para isso. Momento de rever e reaproveitar ou reciclar, o que mais se espera é que a gente tenha sempre bons desejos de evolução para si, que se estendam aos outros e que se tornem reais. É possível querer e fazer acontecer, a vida se constrói na medida que damos a nós o poder das nossas oportunidades. É divino, sempre digo, é mais do que essa coisa humana do querer, “é um querer mais que bem-querer”, como na poesia do Renato Russo.
E amar é muito bom! De todas as formas, é muito bom. É um exercício quando a gente decide se dedicar a amar o que estiver pela frente a cada piscar de olhos. Desejo que a gente sinta. A perfeição está nisso. Que consigamos nos transformar, que a gente ame simplesmente. É muito simples. Amar nos torna seres infantis e a infância é o tempo das descobertas deliciosas que se perpetuam por toda a vida, mas nem sempre se dá a elas o sabor da criancice. Culpa da rotina, das obrigações que recebem um peso tão grande quando, até por puro prazer, deveriam ser mais leves.
Então, desejo que a gente seja leve. Pise leve, pisque leve, olhe para as próprias mãos e veja nelas o canal de energia que nos liga ao universo. Basta erguê-las, colocá-las à frente e se tocar. Se toque. Cada parte de você foi cuidadosamente selecionada para compor esse ser humano único, extraordinário.
Que a gente seja feito de muitos desejos, que tenhamos a leveza daquela felicidadezinha que arrepia quando fechamos os olhos para recordar as boas experiências e surge um sorrisinho discreto e espertinho. Sorrisinhos, risadonas... são o melhor antídoto contra as rugas e as rusgas.
Desejo! Quero muito mais bons momentos que duram na lembrança com o sabor das coisas provadas com o cuidado que a natureza das almas exige.

Que não nos falte trabalho, porque movimenta o corpo, ilumina a mente, é importante para mantermos a sobriedade e a saúde. Estou muito feliz com meu novo trabalho, experiências ricas demais, pessoas imensamente ricas delas, mestres. Como é bom começar uma nova rotina! Acho demais a chance de renascer todos os dias quando abrimos os olhos e temos uma perspectiva única. Minha grande felicidade é abrir os olhos diariamente, sentir-me viva e poder ver minha filha mais uma vez, compartilhar desse espírito me dado de presente. Tenho uma gratidão imensa a Deus por mais isso. Quantas Ele me apronta e me torna merecedora!!  Sou uma pessoa de muita boa sorte!!! Amém.

Não sou de fazer planos, gosto de viver naturalmente, mas tenho muitos para o ano que vem. Estou realmente animada. Sou passiva em relação à vida, não por comodismo, mas por respeito à sua sabedoria. Acredito que ela cuida da gente como uma boa mãe e dita os rumos, faz as melhores escolhas. Tem que exercitar essa compreensão, assim facilita entender o que a vida quer de nós.
Gosto de viver naturalmente, sem muitos rumores, deixando as coisas acontecerem. Viver com naturalidade. A gente se esquece disso às vezes e fica colocando empecilhos à felicidade, escolhendo demais, se preocupando muito mais do que precisa, não está certo. Se confiamos no poder que Deus dá a cada um para realizações excepcionalmente maravilhosas, a todo momento, não há porque se ocupar em criar situações constrangedoras, atrasar o caminho com problemas.
Desejo que a gente use mais nossa capacidade de facilitar as coisas para vivermos melhor. Dentro de um minuto tem um novo "EU" esperando para ser o melhor. Acesse-o, liberte-o, confie. Seja simples e naturalmente feliz.
Se o mundo acaba mais hoje, tudo de bom para você mais amanhã!
Beijão!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Um dia é um arco-íris de pequenos milagres


Arco-íris durante a chuva da tarde de domingo, da janela da minha casa:
sutil, mas estava ali para quem quisesse ver  

Temos vivenciado muitos milagres acontecendo todos os dias, mas não temos notado. Ver e enxergar são coisas distintas. Ver e sentir são ainda mais. Há coisas simples que tocam nosso coração, há situações que apenas participamos como observadores e, mesmo assim, nos tocam. Somos feitos de um poder que nos é dado com o propósito primeiro de reconhecimento: é preciso tomar partido da existência dessa força interior para que ela aja de fato e nos permita transformar as coisas. 
A essência de toda a criação é a excelência do bem, mas em certos momentos algo muda, sai da rota e migra para fora da proteção natural. É quando isso acontece que as pessoas se perdem da verdade que as faz seres inigualáveis.
Não há tempo a perder, porque a natureza essencial pede ajuda agora! Faça a diferença! Parece simplesmente uma dessas frases feitas. Sim, feitas para a diferença. É um convite grandioso, um chamamento para que cada um fortaleça seu poder de manter a essência do bem em todos as suas atitudes. 
Faça a diferença, levante-se! Restaure sua capacidade de ser mais que uma passagem pela vida do outro. Cuide das palavras para que sejam sempre boas. Muitas vezes o outro não irá compreender seu carinho com elas. Desculpe-se, perdoe-o. Lembre-se que o reconhecimento nem sempre vem na forma plena ao justo, mas não desista de ser o melhor de si, não desvie sua essência. Não caia! 
Visualize o arco-íris: surge em meio à tempestade e coloca uma beleza única na paisagem. O arco-íris faz a diferença! É como se trouxesse uma mensagem de que a dificuldade passou novamente e é possível dar cor ao caminho, mesmo que muitas vezes a gente não saiba onde começa, nem onde vai dar, mas está ali, existe, é possível. O arco-íris é um grande sinal das novas possibilidades, merece nossa observação poética. É um dos pequenos milagres cotidianos, como tantos outros que ocorrem e passam despercebidos. 
Preste atenção! Viva seus milagres diários.

Beijão!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Um amigo e nossa fortaleza

Alessandro e eu, comemorando nosso aniversário em 2011. Taurinos, valentes e felizes por natureza!!


Hoje tive um momento muito especial de troca, cumplicidade, amizade, amor verdadeiro. Muito especial. Falei com meu grande amigo Alessandro Meirelles, que nomeei de "carioca da minha vida", uma pessoa das mais íntegras, honestas e de coração maravilhoso que já conheci nessa passagem. 


Mesmo contando 15 anos de profissão como jornalista, aprendi horrores com ele em cada matéria que a gente batia, em cada pauta discutida, na minha observação sobre sua percepção sagaz dos temas, opiniões certeiras sobre as coisas, as histórias de vida e sua abertura para as novidades. Um repórter incrível, um homem lindíssimo física e espiritualmente, um verdadeiro bálsamo aos olhos.

Tenho por ele um amor que nem mesmo posso explicar, tamanha a afinidade entre nós. Para mim, os cariocas têm um sol que vem de dentro e o Alessandro é a personificação dessa alegria luminosa, dessa liberdade ensolarada e de uma vontade singela de ser uma pessoa melhor. Ele é o máximo do bom na minha opinião. 

Nem preciso dizer, mas falo, a cada oportunidade que tenho, que eu o amo demais. Na redação, nossa relação era de "dupla dinâmica". A doce Camilinha que o diga!! 

Aí que veio a situação do câncer, primeiro pra mim, depois pra ele. Pessoas com muito amor têm disso. Não chamo de doença, porque acredito que não seja. É mesmo uma situação e, mesmo com todas as peripécias individuais que exige, é um período muito lindo de nossas vidas. Afinal, se a gente sonhava tanto com um momento de descanso, taí a atenção ao nosso pedido. 

Eu sofri muito quando ele me contou. Chorei rios, gritei comigo, me revoltei e questionei Deus - eu e Ele (Deus) temos essa intimidade de poder cobrar um do outro nossas necessidades. Questionei sobre o porquê do meu amigo passar por isso. Xinguei o mundo, ofendi uma mãe qualquer, soquei o volante do carro, chorei, chorei, fiquei triste de doer. Alessandro é meu camarada: se ele sente, eu também sinto. Tive a mesma reação quando perdi o Gustavo, há longos nove meses. E ainda dói.

Mas aos poucos vamos dando à vida a compreensão de que ela necessita. A gente fala com ela e ela responde como pode, uma aprendiz como nós.  E se eu passei, ele também consegue. É taurino como eu, nascidos com dois dias de diferença, é de abraços e risos fáceis omo eu, de expressão de amor escrachado, de palavras diretas, de indignação expressiva, de olhar bondoso. Somos mais que parecidos, somos iguais, irmãos de alma e isso muito me orgulha, porque tenho a liberdade de me comparar a quem tanto admiro, o que me faz crer que também sou admirável. 

Em nossa conversa de hoje, dúvidas sobre o que é normal sentir, o que é novidade e o que é a teoria do normal. Vivemos num tempo muito especial: 2012 é um ano místico, nossos dias têm 16 horas (ou quantas forem, mas com certeza menos de 24), nossos sonhos são imediatistas como nós, objetivos desesperados que transformam nossos desejos em um turbilhão interno de impaciência, mas tudo o que buscamos é um pouco mais de paz e que tudo seja leve.    

Minha queridíssima amiga Renata me apresentou uma música que virou hino e sempre toca em minha cabeça quando esse turbilhão toma conta de mim ou quando estou prestes a cair. E embora eu saiba que minha imagem é a de uma mulher forte e decidida, que realmente sou, também sou do tipo que se descobre muito frágil às vezes e tenho sentido ultimamente uma grande necessidade de ficar só, quieta, recolhida, distante.  Não é depressão, é recolhimento, é uma maturidade diferente. Adoro gente, sempre gostei, mas as gentes estão cada vez mais vazias de essência e cheias de si, falta cuidado e intuição. Então, me afasto quando quero mais, porque sei que encontro no meu interior o melhor do que há. O "puro creme".

A música que a Renata me deu, dei pro Alessandro, porque é o que quero dele neste momento. Exijo. Ele tem uma dívida de fé comigo. Ele e a bela Sâmia, sua parceira, minha amiga, mulher charmosa e inteligente, de boas conversas. 

Percebi que ele está sereno, ainda meio perdido com a ocasião, coisa natural, mas tem reforçado sua fé e eu a minha. Temos essa dívida conosco. Essa fé que nos faz imbatíveis, é o que mostra o nosso valor. O momento é aquele que pedimos à vida, meu carioca. Vamos descansar, refletir, transformar-nos, vislumbrar o novo, resplandecer, florescer. Deus dá asas. De que mais precisamos nós, seres livres? Faça seu voo. Estou contigo. Quem compra o passe de entrada em minha vida, é para sempre.  

Um beijo, carioca. Amo vc!


sábado, 23 de junho de 2012

De dentro pra fora, de fora pra dentro




O melhor aprendizado que tive por esses tempos foi que é preciso viver com naturalidade, ou seja, deixar a vida fluir naturalmente, sem se preocupar demais, estressar demais, sem deixar doer. Ser natural é saber esperar.
Enquanto se espera, aprendi que é preciso ser gentil. Isso eu já sabia e praticava, mas precisei acordar para exercitar um tipo de gentileza que eu esquecia de ter: aquela de dentro pra dentro, a gentileza com a gente mesmo. 
E daí que nessas duas ou três lições, percebi que quando a gente faz isso, tudo fica mais fácil. E parece que as coisas fluem de uma maneira incrível!
Há uma frase que gosto muito, que chegou até mim há uns anos já, num momento de parada estratégica para pensar sobre o que fazer. Eu a tirei de dentro de um desses biscoitos chineses, ou veio em algum tipo de kinder ovo, nem sei mais. 


"Seja gentil consigo mesmo. 
Deus acha que você vale a bondade Dele. 
E Ele é um bom juiz de caráter."

Nunca mais a esqueci e sempre que começo a sofrer por qualquer coisa, eu penso: seja gentil consigo! 
Quando somos gentis com nossos erros e acertos, a gente se reconhece. Aí, pra isso, cada um tem seu método.O meu é o silêncio... e o sorriso. Quem me conhece sabe: se eu estiver quieta e sorridente, to bem, to limpando aqui dentro, to filtrando, refletindo. To, em geral, em paz. 
Tenho praticado outra coisa também e essa custa mais caro. É a paciência e a admiração por todas as pessoas, mesmo as ignorantes, que falam coisas ignorantes ou te tratam como ignorante. Eu observo a situação, balanço a cabeça, baixo os olhos e concordo quando não vejo alternativa. Espero esfriar. Assim, sou gentil, porque falei, ouvi, calei, refleti e amenizei. Me impus delicadamente. Não preciso gritar, falar melhor ou mais alto pra tentar provar que estou certa. 
Ao outro, resta desculpar-se, pensar, seguir em frente, mudar de assunto ou nenhuma dessas alternativas. Porque cada um tem sua verdade. Para cada caminhante, um caminhar. 
Tudo muda quando a gente se transforma e a mudança vem também da observação das atitudes do outro que a gente admira. 
Duas pessoas encheram meu coração, desses dias passados pra sempre. Willian e Zaza. Vi muito de mim em cada um deles. Muito mesmo. E vi muito nas atitudes deles que eu poderia adotar para fazer bem ao meu ser.
E daí fiquei pensando: a gente é responsável demais por quem cativa, a gente precisa ser cauteloso com as atitudes. Não digo viver em função de nada, não! Falo de aprimorar a consciência.  Quando ajudamos o outro, quando cuidamos da natureza, estamos exercitando isso. Então, temos também que cuidar de nosso jardim particular, podar os danos, regar a alma, tratar as feridas, cuidar bem da gente. Eu estava pensando nisso, nessa necessidade de cuidado com nosso espiritual, quando o Willian me mandou uma música. Não, não... é um hino de amor, uma homenagem ao meu novo jardim.
Acontece cada coisa na vida da gente, né?.... Há alguns meses postei aqui imagens do meu jardim físico, na minha antiga casa. Eu estava feliz com o resultado, depois do processo de cuidado, limpeza, plantio, rega, espera, surpresa. Agora, estou no processo do cuidado do jardim interno, do meu infinito particular, da rua da minha vida, do universo da minha individualidade. "Estou podando meu jardim. Estou cuidando bem de mim." 


Desejo boa colheita a todos. 
Um beijo. 






quarta-feira, 18 de abril de 2012

"Escolha a Felicidade" - Quer convite melhor?



Ser feliz é uma escolha individual. Não se pode decidir pelos outros. O pensamento que traz o problema, também traz a solução, afirmou Einstein (me disseram, mas eu não estava lá), e é preciso dar voz a nossa percepção para que o que desejamos flua, para que nossa escolha de sermos felizes seja legítima. 

Use seu filtro de consciência e tenha responsabilidade com seus sentimentos, suas ações e sua vida. O que eu desejo, o que eu faço, o que eu como, onde eu caminho, a via que eu prefiro, são minhas escolhas e determinam minhas reações perante a vida. 

A escolha por você não pode começar na segunda-feira. A gente deve tomar agora o controle das próprias  emoções e se conscientizar que só é possível ter o controle sobre os próprios atos, sobre os próprios hábitos. 

Mas não deixe de respeitar os outros. A sua realidade é diferente da verdade do outro, do que ele pensa, do que ele acredita, pois cada um de nós é feito de uma cultura, de uma sensação, da vivência em um lugar diferente, de relações com pessoas diferentes que nos ensinam o tempo todo. 

Não julgue. Prometa isso a si a partir de hoje: não julgue mais. Nem todo mundo é como a gente é, nem todo mundo é como a gente quer, somos nós que atribuímos significado às coisas de acordo com nossas experiências e é por isso que se precisa ter cuidado para não gerar mágoa. 

Como querer mudar alguém se a gente não consegue mudar a si? Não consegue parar de fumar, não se atreve a comer jiló pra conferir se é ruim mesmo, não respeita que o outro goste daquele ritmo de música que "fere" seus sensíveis ouvidos, tem vontade de socar alguém quando não faz o que queremos.

Talvez tolerar seja o caminho, mas não é uma questão de tolerar, é de aceitar. Porque quando a gente aceita, se livra da preocupação que o peso daquele pensamento provoca. Amor verdadeiro implica em respeito e aceitação  

Se quer ser líder da sua vida, use sua inteligência a seu favor. Comece a mudança por você e que seja hoje o dia da decisão. Não esmoreça amanhã! Se fortaleça, segure o controle. Aceite, respeite, ame. Um verdadeiro líder é, invariavelmente, humilde. 

Abraço forte!.

*Obrigada, Renata, minha amiga, meu anjo de amor e amizade. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Uma olhadinha no passado


Essa tarde tive um encontro sutil e surpreendente com meu passado. Fazia tempo que vinha protelando vasculhar aquelas caixas que guardavam memórias, desde papéis, fotos e objetos que já não fazem mais parte de agora, mas que foram importantes em certos períodos de minha vida.
Foi como tirar lenços coloridos, um a um, cada qual com seu valor. Descartei muitas coisas, limpei as caixas, revi personagens, joguei fora lembranças materiais que hoje acredito só servem como entulhos, já que as boas a gente guarda mesmo na mente.
Me deparei com diversos detalhes que não me agradaram e acho que por isso mesmo resistia a fuçá-los.
Fui uma mãe muito brincalhona, de mente aberta a conversas de todo o tipo e disposta a promover experiências que julgava enriquecedoras às vidinhas que proliferavam em meu entorno. Mas também fui muito  exigente e rígida, dura demais às vezes, poderia ter sido melhor, menos preocupada. O que importa é que tudo isso - sem um manual de comportamento ditado, como ninguém tem - ajudou a formar o caráter de minha filha Mariana e contribuir para momentos importantes na vida das filhas que a vida me deu: Daniela, Bárbara e principalmente a Jéssica. 
Notei que fui uma jovem observadora, responsável demais, exigente demais comigo também e muito velha, tanto na postura como nas roupas. Mas na época eu não sabia disso. A ignorância tem a capacidade de nos manter felizes. Hoje acho que tudo o que é demais, tende ao desequilíbrio. O ideal é dosar.
Também descobri que tive um sorriso constante, às vezes escancarado, mas na maioria de Monalisa. Pelo menos nas fotografias, o que não significa que não era feliz. Sempre fui.
Tive cuidado com os sentimentos e as batalhas diárias das pessoas em minha volta e fiz as coisas por amor essencialmente. Parece uma incoerência essa mistura da racional responsabilidade com o emocional do amor que sempre guiou minhas atitudes, mas não se tratava de ser emotiva, mas de levar a vida com a simplicidade de quem ama.
Me agrada ter sido assim e tem algumas coisas que eu faria diferente. Entre elas, a preocupação demais para alcançar o fio da perfeição do que eu queria, de como gostaria de ser vista, do bom comportamento para se chegar a algum objetivo. Tudo bobagem! O que está, está, e não se pode mudar, mas também mudar pra quê? 
No final, a vida decide pela gente e somos obrigados a aceitar, não como conformismo, mas como alternativa para evitar a dureza. Sério, eu acho um sinal de sabedoria.
Hoje, sinto que sou mais jovem de aparência, mais leve nas atitudes. Alcancei um nível de respeito e amor próprios que me tornam uma pessoa segura, decidida e bem sucedida na maioria das coisas. Era o que eu queria? Parece que sim, se é o que expresso. 
Sou mais madura e menos dura com a vida. Logo faço meus 39 anos e essa maturidade chegando, tem sido linda para mim. Poxa, eu gosto mesmo! Como imaginei mesmo com certo receio: nada planejado, tudo a se projetar, descobrir, se surpreender, possibilitar.
Ainda tenho muito a aprender e espero viver sempre com essa perspectiva. Eu gosto da linda mulher que me tornei e que ainda se admira, brinca e conversa sozinha com o espelho, se descobre, se respeita e sorri muito, ainda como se fosse menina.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vida grita dentro de mim



Hoje, dia 12, chego à metade das seis sessões de quimioterapia, desta primeira das três fases do tratamento preventivo. Só quem está mesmo muito próximo para saber o quanto esse período de 135 dias tem sido inacreditável, movido por descobertas.

Minha vida tem sido abençoada de gente, de coisas boas, de mudanças que tento  aceitar usando a sensibilidade de quem quer fazer tentativas. As experiências são benditas.

Até aqui, foi como se eu tivesse ganhado um anjo guardião que irá morar para sempre em minha alma para tornar as coisas mais leves. Ele, me fez reaprender a sonhar, a ouvir a música do passado apenas com o sabor das boas lembranças e seguir em frente com coragem e a amar a mulher bonita e interessante que despertou nessa fase da vida.

Pois bem, agora o anjo passou a ser eu. Porque a primeira impressão de minha vida ao acordar é minha, depois de uma noite bem dormida sob a luz de uma lua que é igual para todos, em paz com minha consciência e com a verdade do meu coração. As escolhas vêm da conversa com meu íntimo, o conhecimento que adiro é único, já que somente eu posso senti-lo depois de experiências e experimentos.

Assim, a partir dessa nova percepção, pude provar a verdade no olhar de meus outros anjos: um amor desejado, bons amigos sempre esperados e a família importante e adequada, que se mostram cada dia mais significativos.

É muito boa a sensação de serenidade. Isso também faz parte da minha redefinição de postura e sobre o que quer dizer praticar a paciência como um dos maiores poderes pessoais. Leva ao encontro do equilíbrio, mesmo quando a situação é de uma perda lamentável ou, mais, quando o fim chega sem despedida, abrupta e cruelmente.

Só peço aos que amo imensamente: tenham cautela com meus sentimentos e respeitem minhas necessidades. Eu não vou deixar de cuidar de tudo o que posso, não por carência, possessividade ou controle, mas porque isso está em minha essência. Agora, porém, por diversas razões, sou eu quem precisa ser cuidada. É o que quero e tenho recebido à medida da capacidade de quem está.

Obrigada a todo mundo. A metade de um todo já é um inteiro, porque o iniciar é uma experiência que exige somar no nosso ser divino a coragem e a sabedoria.

“Hoje eu vou mudar, pôr na balança a coragem, me entregar ao que acredito, para ser o que sou sem medo... Sair de dentro de mim e não usar somente o coração, parar de cobrar os fracassos, soltar os laços – 'dar linha na pipa mais uma vez' - e prender as amarras da razão! Voar livre com todos os meus defeitos, para que eu possa libertar os meus direitos e não cobrar dessa vida nem rumos e nem decisões. Hoje eu preciso e vou mudar! Dividir no tempo e somar no vento todas as coisas que um dia sonhei conquistar. Porque sou mulher como qualquer uma, com dúvidas e soluções, com erros e acertos, amor e desamor. Suave como a gaivota e ferina como a leoa, tranquila e pacificadora, mas ao mesmo tempo irreverente e revolucionária. Feliz e infeliz, realista e sonhadora, submissa por condição, mas independente por opinião. Porque sou mulher com todas as incoerências que fazem de nós um forte sexo fraco.”