sexta-feira, 13 de maio de 2016

Os narizes do novo ministério e as necessidades do povo



A rádio Jovem Pan SP discutia ontem que a falta de negros, mulheres e gays no novo ministério do presidente Michel Temer (PMDB) seria assunto derramado nas redes sociais nos próximos dias. Dito e feito, mais óbvio impossível. 
Creio que o momento seja da necessidade de representatividade de massa, de atitudes que paralisem nosso empobrecimento, de concentrar as energias no esgotamento desse esgoto formatado. A proposta alternativa - consolidada sim a partir de uma escolha eleitoral - tem Ali Babá e seus sei-lá-quantos investigados/ suspeitos/ ladrões como referência e é preciso cobrar ações. É também para se refletir, no mínimo, sobre as próximas escolhas. O vice vem no pacote e em 30 anos ele acabou assumindo o papel principal por diversas vezes, se não me engano esta é a 4ª. É o que temos pra hoje, como dizem.
Vejo determinados grupos se movimentando para questões paralelas, como se vivessem num mundo de Alice, alheios ao perrengue que a maioria está vivendo. Assim como eu, amigos com excelente índole, formação e experiência profissionais das melhores estão trabalhando simplesmente para não faltar o que comer, atuando em funções muito aquém de suas capacidades técnicas e intelectuais e dando graças a Deus por terem isso. Está cada um por si, negócios familiares e tradicionais se diluindo, o preço de tudo numa exorbitância, todo mundo se segurando para não adoecer emocional e nem fisicamente, pois não há verba nem para remédio e não há dinheiro circulando. Isso é grave! Isso sim é grave!! 
Me perdoem os que por sorte, competência, indicação ou por serem coxinhas mesmo, estão assistindo os acontecimentos de boa, com a proteção da tela da TV, motivados a acender chamas e comentar amenidades enquanto degustam uma pratada de arroz-feijão quentinha, mas eu quero é mais que a bomba falhe, que a coisa dê certo e que, independente de ter mulher, negro, gay, macho, ladrão, maluco, bêbado, gordo, velho, pobre ou qualquer um no controle, haja capacidade para que a situação mude, melhore. 
Essas pessoas já marginalizadas também compõem nossa sociedade e a maioria está pouco se fodendo para representações, desde que a que estiver promova movimentação e a economia - que é o que nos rege a vida - dê respiro ao povo. Sou tolerante como observadora e acredito na alquimia dos acontecimentos, no tempo para a ebulição, eclosão, transformação, mudança ou o nome que cada um quiser dar, conforme suas convicções reacionárias, para o resultado que todos pretendem... precisam, querem, desejam, esperam. Essa é minha opinião, que é que nem nariz, cada um tem o seu e sabe o quanto serve para oxigenar.