sábado, 23 de junho de 2012

De dentro pra fora, de fora pra dentro




O melhor aprendizado que tive por esses tempos foi que é preciso viver com naturalidade, ou seja, deixar a vida fluir naturalmente, sem se preocupar demais, estressar demais, sem deixar doer. Ser natural é saber esperar.
Enquanto se espera, aprendi que é preciso ser gentil. Isso eu já sabia e praticava, mas precisei acordar para exercitar um tipo de gentileza que eu esquecia de ter: aquela de dentro pra dentro, a gentileza com a gente mesmo. 
E daí que nessas duas ou três lições, percebi que quando a gente faz isso, tudo fica mais fácil. E parece que as coisas fluem de uma maneira incrível!
Há uma frase que gosto muito, que chegou até mim há uns anos já, num momento de parada estratégica para pensar sobre o que fazer. Eu a tirei de dentro de um desses biscoitos chineses, ou veio em algum tipo de kinder ovo, nem sei mais. 


"Seja gentil consigo mesmo. 
Deus acha que você vale a bondade Dele. 
E Ele é um bom juiz de caráter."

Nunca mais a esqueci e sempre que começo a sofrer por qualquer coisa, eu penso: seja gentil consigo! 
Quando somos gentis com nossos erros e acertos, a gente se reconhece. Aí, pra isso, cada um tem seu método.O meu é o silêncio... e o sorriso. Quem me conhece sabe: se eu estiver quieta e sorridente, to bem, to limpando aqui dentro, to filtrando, refletindo. To, em geral, em paz. 
Tenho praticado outra coisa também e essa custa mais caro. É a paciência e a admiração por todas as pessoas, mesmo as ignorantes, que falam coisas ignorantes ou te tratam como ignorante. Eu observo a situação, balanço a cabeça, baixo os olhos e concordo quando não vejo alternativa. Espero esfriar. Assim, sou gentil, porque falei, ouvi, calei, refleti e amenizei. Me impus delicadamente. Não preciso gritar, falar melhor ou mais alto pra tentar provar que estou certa. 
Ao outro, resta desculpar-se, pensar, seguir em frente, mudar de assunto ou nenhuma dessas alternativas. Porque cada um tem sua verdade. Para cada caminhante, um caminhar. 
Tudo muda quando a gente se transforma e a mudança vem também da observação das atitudes do outro que a gente admira. 
Duas pessoas encheram meu coração, desses dias passados pra sempre. Willian e Zaza. Vi muito de mim em cada um deles. Muito mesmo. E vi muito nas atitudes deles que eu poderia adotar para fazer bem ao meu ser.
E daí fiquei pensando: a gente é responsável demais por quem cativa, a gente precisa ser cauteloso com as atitudes. Não digo viver em função de nada, não! Falo de aprimorar a consciência.  Quando ajudamos o outro, quando cuidamos da natureza, estamos exercitando isso. Então, temos também que cuidar de nosso jardim particular, podar os danos, regar a alma, tratar as feridas, cuidar bem da gente. Eu estava pensando nisso, nessa necessidade de cuidado com nosso espiritual, quando o Willian me mandou uma música. Não, não... é um hino de amor, uma homenagem ao meu novo jardim.
Acontece cada coisa na vida da gente, né?.... Há alguns meses postei aqui imagens do meu jardim físico, na minha antiga casa. Eu estava feliz com o resultado, depois do processo de cuidado, limpeza, plantio, rega, espera, surpresa. Agora, estou no processo do cuidado do jardim interno, do meu infinito particular, da rua da minha vida, do universo da minha individualidade. "Estou podando meu jardim. Estou cuidando bem de mim." 


Desejo boa colheita a todos. 
Um beijo. 






sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sombra da maldade

Na minha vida, só há uma maneira de falar a verdade: falando; só há uma maneira de praticar a verdade: sendo honesto. Qualquer coisa fora desse padrão, é coisa de gente covarde e os covardes sempre pensam que estão ganhando quando tentam usar as pessoas. 

Mas máscaras não são acessórios fixos, elas caem e é nesse momento que revelam a maldade. 
Quando tiver dificuldade para falar a verdade, aproveite as chances que a outra pessoa te dá para fazer isso. Não minta, porque mentira machuca.

O coração ferido se recupera quando é acompanhado de um bom caráter, porque em geral ele é feliz por natureza. Mesmo que leve tempo. Já a covardia vive às custas de momentos e não prova o todo no interior, que é vazio. 

Deixa estar que a vida cobra. E o que for pra ser, sempre vigora.

O mundo é redondo e a gente sempre, em algum momento, volta ao ponto de partida, nem que seja para passar por ele. E daí, a história, muitas vezes já esquecida, levanta como poeira para nublar as ideias.