terça-feira, 6 de outubro de 2015

Quando a gente quer muito uma pessoa





Adorei esse post, mas não acho que é possível generalizar. Nem sempre a gente se engana e conheço muitas boas histórias de amor, eu mesma vivi algumas, sendo uma excelente, que me rendeu uma bela filha. Mas que a gente clama ao universo que o outro seja perfeito como desejamos, isso é verdade!
E como saber inicialmente se vamos ou não nos enganar? Penso que é preciso arriscar, tentar e até sofrer e desejar que o outro se encaixe um pouco mais no que a gente quer para conferir se cabe ou não essa tarefa na nossa vida. Amar é uma atividade de risco, mas os corajosos são mais felizes porque conhecem todos os lados da aventura. 
Outro dia li no Facebook um post engraçado, em que o rapaz dizia que se o relacionamento dele não desse certo, ele optaria por ser gay, porque prefere tomar no cu várias vezes a sofrer por amor mais uma vez... rsrs. 
Não me acho romântica (embora a Cássia, a Renata e a Raíssa me "obriguem" a rever esse conceito), mas não deixaria de arriscar, mesmo acreditando que o amor não é um sentimento tão honesto, é manipulável, confundível, diferente do ódio, que não deixa dúvida. E, assim, com a determinação de uma corajosa, estou tentando e, dessa vez, o caminho tem sido de mão dupla... pelo menos por enquanto. A alternativa X é acreditar. 

Um beijo e muito amor para quem for!

Dani

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Naturalmente contorcionistas


Aninha, menina-flor, superando mais uma

Mulheres são contorcionistas por natureza. É aquela que acorda já com a agenda cheia de ideias e ainda encontra meios de ser linda, não importando seu padrão. Retoca o batom com a delicadeza de um botão entreabrindo rosa, ajeita a roupa dos filhos com o carinho de uma soberana, se embrenha na selva do trânsito louco da cidade disposta a vencer os desafios da paisagem, enquanto organiza mentalmente o seu dia. Chega descabelada, mas nada que uma passada rapidinha de dedos pelos cabelos não dê jeito. 
As mulheres de hoje, tenham a idade que for, são estilosas. Todas! São belas, vaidosas, multitarefas, sutis, amorosas, mocinhas e leoas em ocasiões que mudam em segundos. E, em meio a tudo que fazem, encontram tempo para serem contorcionistas: torcem daqui e de lá, em exercícios para manter mais do que um corpo em forma, mas a saúde física e mental. E como a prática leva à perfeição, em dado momento chegam a alcançar a cabeça com os pés, sem trocar a posição de um ou outro, pois manter a ordem das coisas é uma de suas especialidades.

Tenho visto isso acontecer com frequência ultimamente. Sou uma mulher de frente para outras mulheres incríveis, de personalidades bem diferentes e tão semelhantes em suas amorosidades com a vida. Comemoram vitórias com doces gargalhadas, vibram com seus quilômetros de vida, riem dos próprios deslizes, ouvem música para ambientar suas ações e não economizam bem viver. 
Exercitam corpo, mente e coração a todo instante. Compartilham. As posições do Pilates são apenas desculpas, são naturalmente elásticas. Não trocam os pés pelas mãos e são capazes de colocar os pés a caminhar em todas as direções. Desejam ser circulares, ovais, alongadas, são vencedoras sem medalhas ou festa no pódio, satisfeitas simplesmente com o reconhecimento do que antes parecia intransponível e foi superado.
Na real, para elas, nada é insuperável. Com paciência vão tocando a vida, festejando internamente suas conquistas. Elas são ilimitadas e sabem o que querem.

Um beijo para as amigas, em especial Renata Rosa, Ana Paula Angelini, Juliana Freitas, Cássia Marchetti, Denise Ponce, Renata Dias, Andréa Ribeiro! 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O sorriso de Palê

Olha a natureza te namorando e você, perfeito nela. Saudades... :)
Não sabemos mais do outro, informação sobre a vida de todos está neste Facebook, o que é tão maravilhoso quanto lamentável, já que um tempo fora daqui pode proporcionar um retorno surpreendente. Minha relação com Palê Zuppani​ veio dessa internet por conta de nossa situação afim e de outras afinidades e paixões, como a fotografia. Dura há pelo menos quatro anos e, nas nossas trocas de mensagens, facilidade pela nossa distância e "confinamento". Eu sempre ria muito com os desabafos dele, a maneira como abordava as barras que enfrentava e, embora eu não gostasse do termo guerreira, vindo dele me soava forte, bem como suas selfies, sempre sorridente e iluminado. "Palê, já reparou que toda foto sua é sorrindo?? Eu sou sua fã pq vc transmite informações importantes, como: "sou receptivo", "sou bom", "eu posso e vc tbm", "sou parceiro", "eu supero". Se eu fosse sua assessora, diria que está se saindo excelente, mas como sou sua amiga, digo que está perfeito!! kkkkkk"... escrevi uma vez.
Eu o admirava cada vez mais, um ser humano repleto de carinho e cuidado com o outro, um ser brilhante para quem não importava a aparência, o social ou quaisquer outras legendas, um humano que mais se identifica com natureza, parecia que falava com pássaros e que as paisagens sorriam para ele, pediam para namorá-lo e era o que ele fazia, jogava seu charme para ela e uma piscadinha de sua câmera para registrar esse encontro. 

Um homem lindo em todos os aspectos, que usou sua dificuldade para ensinar e tive o privilégio de ser uma de suas alunas. Fui ensinada sobre o bem, a paciência, a tolerância, o respeito ao próximo e a valorização de todos os seres. Não sei se aprendi como deveria, creio que este é um caso em que a aluna não supera o mestre, mas certamente algo mudou em minha história de vida. 

Essa pessoa maravilhosa influenciou de uma maneira carinhosamente positiva minhas ações, minha visão de mundo, minha existência por aqui. Com ele, aprendi o que o compositor Jorge Vercilo traduziu: "Aprendi com a dor, nada mais é o amor que o encontro das águas". Um encontro que conduziu Palê como uma constelação no fortalecimento de tantas almas, a quem ele deu voz em sua página Mielodramas, no Facebook. 

E hoje, depois de um bom tempo e dias pensando "Que falta do Palê!", fui buscá-lo e não o encontrei, apenas as tantas e tão boas palavras sobre ele, como tento fazer as minhas agora, consciente que nenhuma delas o identifica de maneira tão justa e profunda.

Cheguei atrasada para chorar essa dor que parece não acabar em mim no momento, lamentar a falta de tempo da gente comemorar toda a nossa recuperação nesse plano. Essa vida e a da falta de tempo que nos leva a refletir tanto num momento deste.

Há dias eu vinha pensando: "vou ver Palê onde ele estiver", agora que me recuperei de mais uma, "e iremos tomar aquele Yakult para comemorar tanta vida e novos voos". Em uma de nossas recentes conversas (ele também lia este meu blog), ele me mandou o link de um de seus textos, falando sobre Amor, uma de suas especialidades, e de uma maneira doce me contando sobre a condição que novamente enfrentava sempre com otimismo e fé na cura. "NÃO TEMOS O CONTROLE DE NADA, O IMPORTANTE É VIVER O MOMENTO PRESENTE. Fico feliz que a vida me deu e dá grandes oportunidades de vivê-la!!! Vivi e vivo cada momento intensamente. Isso faz toda a diferença." Palavras do mestre, que valem para tudo. O texto completo está aqui: Nota do Palê no Mielodramas

À família desse meu amigo tão, tão amado, (à família da qual ele veio e à imensa família que ele formou quando se doou aos outros de maneira única), dou meu coração, meu amor e estendo minha eterna gratidão por tudo o que ele me deu, pela fortaleza que construiu em mim e se fez especial e imprescindível. 

Obrigada por me emprestarem essa pessoa importante na minha vivência. Mando a vocês, como ele costumava desejar a mim e talvez a tantas outras mesmas pessoas que como eu o amam demais: Um grande beijo na testa e (cheio de exclamações) as melhores das energias!!!! 

quarta-feira, 18 de março de 2015

Tu ta maluco? Respeita as moças!

Palhaço em manifestação com 210 mil pessoas em SP. 
Quantas mais foram lá só pra ofender? (Foto: Elisa Feres/ Terra)

Umas das fotografias publicadas pelo site Terra sobre as manifestações do dia 15/3, me chamou a atenção. Jornalista tem necessidade de opinar, comentar, sua ferramenta de vida são as palavras, mas confesso que tenho segurado minha onda sobre as manifestações. Porém, a imagem do rapaz segurando um papelão onde estava escrito "Dilma puta" ficou martelando.
Sinto enjoos quando vejo projetos de homens ofendendo mulheres. Não votei na Dilma e discordo de muito na atuação desse governo, mas ela continua sendo uma autoridade, brasileira, escolhida legitimamente e, como qualquer pessoa, merece e tem direito ao respeito.
Nosso povo mal educado não aprendeu da maneira correta o que é democracia e liberdade de expressão. Uma atitude ofensiva dessas, só porque ela é mulher (como sua mãe, sua irmã, sua avó, filha, tia, namorada e amigas), se encaixa em qualquer palavra criada para expressar um tipo de indignação que não tem mais termo. Caso das palavras libertinagem e politicagem. Essa ofensa é uma politicagem, tão sacana quanto roubar dinheiro de Petrobrás, Caixa e sei lá mais onde (mais fácil listar onde não), pois configura falta de respeito, de educação e, principalmente, de caráter.
Fico indignada pelo constante desrespeito às mulheres (sou mãe de uma mulher com uma personalidade admirável), mas também pelo que gente assim pode fazer com pessoas velhas, colegas de trabalho, animais, comportamento no trânsito, dentro de casa e etc.. A falta de caráter é inerente a esse tipo e infelizmente esse rapaz não foi o único, até mesmo mulheres cometeram esse suicídio mental.
Não é lamentável, é criminoso. Gostaria de entender por que a lei não é aplicada nesse caso, por que essa pessoa não é retirada da parada como fazem com os que vestem camisetas vermelhas, pois o direito dessas pessoas começa onde termina o meu e, como mulher, meu direito ao respeito não termina.
Esse "manifestante" deveria integrar o nariz vermelho como acessório permanente. Para puta não existe diferença entre termos, mas ser palhaço, no sentido pejorativo, combina bem com ele. Esse sim, e outros como ele, queria ver a polícia meter na cadeia, em todos os sentidos.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Quem somos para decidirmos sobre o direito do outro em amar?



Há dois dias venho refletindo sobre um excelente documentário que vi pela GNT, com o ator britânico Stephen Fry, chamado A Luta Gay pelo Mundo. Relatos fantásticos de gente impedida de simplesmente AMAR, vitimadas pela homofobia e pelo desequilíbrio de quem pratica o preconceito por medo do que lhe é diferente.
Logo no início do documentário, Fry mostra um dos maiores movimentos mundiais contra a homofobia: a Parada Gay em São Paulo, um exemplo brasileiro de evolução na aceitação do ser humano em sua diversidade. Aliás, São Paulo é um parabéns, maravilhosa na recepção de todo tipo de gente!
Na contramão, depois de mostrar esse lado do Brasil, Fry segura o vômito para entrevistar o deputado Jair Bolsonaro, que ele identifica como "um dos maiores homofóbicos DO MUNDO". Um contra-senso na evolução brasileira em relação ao combate ao preconceito, afirmação que se torna questionável diante das estatísticas que apontam para a morte de um homossexual a cada 36 horas.
Uma das falas de Bolsonaro "comemora" o fato do Brasil não agir como o Irã, onde assumir a homossexualidade é assinar a pena de morte por enforcamento, uma ação que assinala, para mim, a mais pura forma de calar alguém, sufocando qualquer perspectiva, sua fala, seus sentimentos, seu caráter, suas convicções.
A afirmação do deputado brasileiro é bastante perigosa. Quem aceita o mal pela metade, ainda assim é mal. A partir desse parâmetro, não posso aceitar que ele seja menos pior que os terríveis pastores homofóbicos da África, irredutíveis em suas defesas de uma sociedade ilibada, distinta da mácula de homossexuais, que permitem o estupro de meninas, de crianças lésbicas, para mostrar a elas como é que se brinca com... homens??? Homens que usam a religião - palavra que traduz a ligação com Deus - para determinar quem é um filho divino e quem não é digno de uma vida sem terror.
Este vídeo mostra um trecho do documentário, no Brasil, com entrevista com Angélica Ivo, mãe do Alexandre Ivo, menino de 14 anos torturado por duas horas infinitas e morto no Rio em 2010, por aparentar ser gay. APARENTAR!!! Uma criança brasileira, que poderia ser meu filho. Como mãe, mulher e humana, choro pela dor dessa e de tantas mães como Angélica.
Nós somos monstros em condição educativa: é preciso educar nosso interior para as boas atitudes, refletir muito sobre as próprias ações antes de agir, equilibrar os pensamentos em direção a uma conduta de amor concreto e respeito pela história que cada um carrega. NÃO HÁ outro caminho. Não há!
Vale a pena ver o documentário todo.

Paz pra que a gente se proponha a pensar com o cérebro e coloque em funcionamento o coração.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Um grande abraço de ano novo!


Imagem: Google

Um ano termina, outro começa e a vida assim vai dando os nortes que a gente precisa para evoluir. Há quem alimente uma certa melancolia de fim de ano em relação às coisas que vão ficar no passado, mas o melhor de tudo são as novas expectativas, os planos para o futuro. E é bem por isso, creio, que há um começo e um fim para tudo. Deus é um cara muito gênio. 
É interessante como, a cada ano, somamos aprendizados. Hoje, aos quase 42, compreendo perfeitamente o significado da frase "queria ter 20 com a sabedoria dos 40". Ter 20 é infinitamente legal, mas os 40 têm um quê de poder que gosto de provar. 
As experiências se renovam constantemente e na vida a gente sempre aprende (ou deveria), mas sentimentos consolidados não têm que falar alto. A afinidade dos olhares determina quão valiosa e infinita é uma determinada ligação e acredito que há nisso um poder de universo, uma mágica divina que evoca dois seres para a missão de se encontrarem simplesmente para se fazerem felizes, seja qual for o tipo de relação.
Que grande sorte e proteção de Deus a minha encontrar tantas pessoas que alimentam minha alma com seus sorrisos, com o aconchego da troca de segredos, conselhos e desabafos, amizades abençoadas que provam não haver época ideal na vida para se encontrar grandes amores.

Percebo hoje que Deus não apenas nos abre novas portas, mas nos dá a oportunidade de escolhermos novos caminhos a cada pensamento, desenhando a estrada pelo primeiro passo. 
Há uma coisa que digo: para cada caminhante, um caminhar. Que nossas trilhas sejam abençoadas, com a força de muito amor neste novo ano. O bom de tudo é poder fechar os olhos e sentir a alegria de ser abraçado por nossas escolhas. O resto das coisas, nem precisam ser ditas.

Seja feliz em mais este ano!
Beijos...

Danica