quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Por obséquio, dá uma chance a esse cupido?





Amar é jogar-se! Certamente quem já amou sabe o significado desse termo. Não é apenas expressar palavras que saem facilmente dos lábios. Porque falar é fácil. O "eu te amo" vem de dentro, deve ser respeitado e valorizado. Quando alguém gosta realmente de você... poxa vida!!! Essa pessoa fez uma escolha e foi por você!!! Não vale dizer que não vale a pena, não vale dizer que não serve, mesmo que você  não sinta o mesmo. 
Pessoas não são pedaços de pau, sem vida. Sentir é concreto sim, não importa a distância, não interessam os obstáculos, a gente não se apaixona por uma cicatriz ou por um par de olhos. Amar é quando se almeja o ser completo, com suas imperfeições, com seus defeitos, limitações. É assumir o risco, porque muitas vezes ele ocorre apenas em  mão única de direção. E daí? Não foi sua escolha? 
Que tipo de gente é essa que tem medo de sentir por receio de não ser correspondida, de sofrer depois? Amar é arriscar, como viver, como sair de casa! Você pode ser correspondido ou não, pode sofrer depois ou durante ou por um longo período de tempo se não for compreendido, mas uma hora passa, tem que passar. A dor nunca é eterna, mas a lembrança é. Fica com as boas lembranças, opta por elas, pra que se martirizar com o que não foi bom, martelar até morrer de tédio e antipatia? 
Por vezes, a lembrança deixa marcas na personalidade, faz com que a gente pense em se arriscar menos e tenha a certeza de que vai errar menos... mas aí você conhece aquela pessoa especial e... pimba!!! Se apaixona de novo, se amarra, se enrola até os cotovelos, se entrega, vive a vida, renova o ar, recupera o coração, esquece a ferida e, quando vê, já era! Recomeça a aventura de ser feliz na expectativa que o outro te deseje, te valorize, te queira, te ame também. 
Amar é certeza, não se ama com espaço às dúvidas. A gente se entrega, mesmo que no futuro haja juros e dividendos, cobranças indevidas... mas relacionamentos são assim: acertos de contas, ajustes de condutas, renovação de caráter, sintonia viva, coloração da alma. Essa história de pega, mas não se apega, só pra quem está vazio. Então, vai se preencher! Pega, se apega, pega de novo, fica mais, vem pra perto, tão gostosinho, evolui nisso. Por que não?
Que medo é esse de receber o que o outro está te dando de bom? Aliás, o que o outro está te dando do melhor dele, porque amor não vem do coração, vem da mente, ganha a aprovação dela pra depois sentir no peito. 
E é tão bom amar e ser amado!! Saber que daqui do Alaska  tem alguém pensando em você, tomando atitudes que remetem à sua memória, durante todo o seu dia, mesmo que a outra pessoa esteja lá na Guiné!! Quantos quilômetros são suficientes para se dizer que ainda  é possível sentir algo por alguém e a partir de quantos quilômetros esse sentimento deve ser eliminado, execrado, partido ao meio, estrangulado?
Abomino quem não se propõe a amar de verdade, quem gosta de coisas mornas, pela metade, quem prefere a incerteza da dúvida à confiança e segurança da felicidade, mesmo sabendo que tudo tem um preço. 
A vida é isso aqui mesmo e é uma só pra essa etapa. Vai fazer o quê? Cruzar os braços e deixar passar? Com licença: aprende, vira a fita, morde a fruta, vai amar!!! 
Como diziam os Beatles, "All we need is love, love... Love is all we need". É o que todo mundo precisa. ...
Não há nada mais gostoso do que ter alguém pra compartilhar. E quem não quer, levante o braço, bem alto!
Tenha coragem de ser feliz!


Besos calientes!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Please wait!! Let it rain!!!



A natureza é mesmo uma mãe sábia. Manda essa chuva pra acalmar a vida. É como se propusesse uma reflexão sobre os dias quentes, sobre a necessidade das esperas e de se entregar ao tempo, que ninguém consegue controlar. 
Olhando a rua em que moro, vejo a enxurrada descendo pela sarjeta e lembro dos dias felizes de criança, quando não se tinha tanto cuidado nem preocupação com a saúde. A gente se deitava na enxurrada e meu cabelo lisinho castanho claro ficava uma terra só depois de quase seco. A camiseta perdia a forma depois de ser torcida com as mãos pra ficar menos encharcada. Tomar chuva era mais divertido que brincar com a Barbie, isso quando ela não acompanhava a turminha nessa aventura.
Não deito mais na sarjeta, mas quando chove, sou daquelas que desaceleram o passo e não têm medo de encolher, nem de estragar o penteado. Tomo chuva mesmo, sinto o sabor da água que cai dos céus como um presente divino.
Uma coisa que sempre me intrigava e que ainda penso é sobre a habilidade dos animais para  se esconderem nos dias molhados. Qualquer puxadinho de telha é um abrigo para um cachorro ou um passarinho; gatos, não faço ideia de como se viram tão bem;  joaninhas e outros pequenos insetos (joaninha é inseto??) escolhem as folhas mais protegidas para escapar da força da água... o que pra gente é um pingo, pra elas pode ser uma inundação.
Isso faz pensar sobre a proporção das coisas na vida e a importância que damos para elas. Outro dia li uma frase sabiamente escrita por não sei quem e que dizia mais ou menos assim: se um problema é grande demais, não há o que fazer, acalme-se e espere até que se resolva; se é pequeno, para que dar tanta importância? 
A gente pensa tanto, corre tanto, busca tantas respostas... e aí chega a chuva e manda esperar, como se proporcionasse um tempo pra lavar a alma. Mas é preciso ouvir o apelo. É... Deus sabe o que faz.