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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Quando a gente quer muito uma pessoa





Adorei esse post, mas não acho que é possível generalizar. Nem sempre a gente se engana e conheço muitas boas histórias de amor, eu mesma vivi algumas, sendo uma excelente, que me rendeu uma bela filha. Mas que a gente clama ao universo que o outro seja perfeito como desejamos, isso é verdade!
E como saber inicialmente se vamos ou não nos enganar? Penso que é preciso arriscar, tentar e até sofrer e desejar que o outro se encaixe um pouco mais no que a gente quer para conferir se cabe ou não essa tarefa na nossa vida. Amar é uma atividade de risco, mas os corajosos são mais felizes porque conhecem todos os lados da aventura. 
Outro dia li no Facebook um post engraçado, em que o rapaz dizia que se o relacionamento dele não desse certo, ele optaria por ser gay, porque prefere tomar no cu várias vezes a sofrer por amor mais uma vez... rsrs. 
Não me acho romântica (embora a Cássia, a Renata e a Raíssa me "obriguem" a rever esse conceito), mas não deixaria de arriscar, mesmo acreditando que o amor não é um sentimento tão honesto, é manipulável, confundível, diferente do ódio, que não deixa dúvida. E, assim, com a determinação de uma corajosa, estou tentando e, dessa vez, o caminho tem sido de mão dupla... pelo menos por enquanto. A alternativa X é acreditar. 

Um beijo e muito amor para quem for!

Dani

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Quem somos para decidirmos sobre o direito do outro em amar?



Há dois dias venho refletindo sobre um excelente documentário que vi pela GNT, com o ator britânico Stephen Fry, chamado A Luta Gay pelo Mundo. Relatos fantásticos de gente impedida de simplesmente AMAR, vitimadas pela homofobia e pelo desequilíbrio de quem pratica o preconceito por medo do que lhe é diferente.
Logo no início do documentário, Fry mostra um dos maiores movimentos mundiais contra a homofobia: a Parada Gay em São Paulo, um exemplo brasileiro de evolução na aceitação do ser humano em sua diversidade. Aliás, São Paulo é um parabéns, maravilhosa na recepção de todo tipo de gente!
Na contramão, depois de mostrar esse lado do Brasil, Fry segura o vômito para entrevistar o deputado Jair Bolsonaro, que ele identifica como "um dos maiores homofóbicos DO MUNDO". Um contra-senso na evolução brasileira em relação ao combate ao preconceito, afirmação que se torna questionável diante das estatísticas que apontam para a morte de um homossexual a cada 36 horas.
Uma das falas de Bolsonaro "comemora" o fato do Brasil não agir como o Irã, onde assumir a homossexualidade é assinar a pena de morte por enforcamento, uma ação que assinala, para mim, a mais pura forma de calar alguém, sufocando qualquer perspectiva, sua fala, seus sentimentos, seu caráter, suas convicções.
A afirmação do deputado brasileiro é bastante perigosa. Quem aceita o mal pela metade, ainda assim é mal. A partir desse parâmetro, não posso aceitar que ele seja menos pior que os terríveis pastores homofóbicos da África, irredutíveis em suas defesas de uma sociedade ilibada, distinta da mácula de homossexuais, que permitem o estupro de meninas, de crianças lésbicas, para mostrar a elas como é que se brinca com... homens??? Homens que usam a religião - palavra que traduz a ligação com Deus - para determinar quem é um filho divino e quem não é digno de uma vida sem terror.
Este vídeo mostra um trecho do documentário, no Brasil, com entrevista com Angélica Ivo, mãe do Alexandre Ivo, menino de 14 anos torturado por duas horas infinitas e morto no Rio em 2010, por aparentar ser gay. APARENTAR!!! Uma criança brasileira, que poderia ser meu filho. Como mãe, mulher e humana, choro pela dor dessa e de tantas mães como Angélica.
Nós somos monstros em condição educativa: é preciso educar nosso interior para as boas atitudes, refletir muito sobre as próprias ações antes de agir, equilibrar os pensamentos em direção a uma conduta de amor concreto e respeito pela história que cada um carrega. NÃO HÁ outro caminho. Não há!
Vale a pena ver o documentário todo.

Paz pra que a gente se proponha a pensar com o cérebro e coloque em funcionamento o coração.