quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Algumas manias e algo mais



Às vezes sinto uma imensa raiva das pessoas. Todas, de modo geral. Já refleti se isso seria uma mania de perseguição minha, mas não. É que a gente vê tanta hipocrisia, observa, se torna vítima e também hipócrita algumas vezes. Aí tenho raiva até de mim!
Isso tudo é por causa da minha mania de liberdade. Insisto em ser uma pessoa livre, que abusa do direito de expor suas ideias, falar honestamente, com o coração, pedir que as pessoas amem mais, que se fodam também quando encherem meu saco. Mania de inconformismo!
Por outro lado, tenho uma santa mania de querer sempre exercer a minha paciência, como se eu fosse um doce de pessoa. É mania de me testar. Mania de achar que eu tenho o controle das situações.
Mas no fundo, tenho mesmo. E sou doce mesmo, embora às vezes insista em ser ácida. Coisa de moleca, acho, só pode ser, sou muito moleca. Então, me torno agridoce.
O que sinto ultimamente é que tenho segurado a mão da moleca e a puxo pra dentro de vez em quando. Por quê? Ah... porque me sinto uma bela mulher madura, inteligente, paciente, perspicaz, sexy... é! Eu sou um charme! E daí que ninguém aguenta ser charmosa o tempo todo, daí a mulher busca a menina pra ser meio moleque.
Tenho essa mania de me achar sedutora e, como acredito piamente que sou, abuso dessa condição às vezes. Na maioria das vezes, na verdade. Seduzo para tudo, principalmente quando quero algo que quero muito. E acredito tanto que o que quero é meu, que é! E, mesmo quando deixa de ser, sempre me convenço de que tive algo a ver com isso. Ou seja, acabou porque eu também não queria mais.
Tenho consciência - e isso é o mais engraçado -  que essa mania de sedução é muito coisa de moleca mimada. Pois bem, sou mimada mesmo! Isso me torna segura, raivosa, hipócrita, meiga, doce, ácida, agridoce, sedutora, charmosa, brava, controladora, paciente, perspicaz, engraçada, séria, menina, mulher.
E, para quem escreve, acho ridícula essa mania de poeta amador de repetir palavras e formar frases com adjetivos, como se quem estivesse lendo tivesse a obrigação de testar sua paciência relendo conceitos que formaram o texto. Subestimação? Nada! Tentativa de organizar as ideias, de certa forma.
Afinal, escritor tem  mania de ser repetitivo e vou explicar o motivo: a gente pensa muito! Pensa tanto que repensa o que foi pensado como se fosse algo novo, porque quase nem se lembra direito se já pensou aquilo e expôs ou se apenas pensou e passou.
É, parece complexo e até parece burrice, mas talvez por ter muito repertório - ou por causa da sensação de que se tem -, tudo fica um pouco repetitivo. 
Mas, veja bem,  isso não é mesmo muito sedutor? Acho que é...

Beijo, hein!

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